Segunda-feira, 30 de Abril de 2012

Meu pai me deu um carro

 

Nada de anormal, quando se completa 18 anos e o pai dá um carro de presente para o filho. Só que não tenho 18 anos, nem 20, nem 30... tenho 53 anos e acabo de ganhar um carro do meu pai. Tudo bem, não é um Porsche, mas é um carro: um VW Gol 1000 ano 2004 com 50.000 km rodados.

 

O que isso tem a ver com moto? Calma, já chego lá.

 

Aos 80 anos, meu pai não tem a menor paciência para vender carros. Aliás, nunca teve. Muitos anos atrás, mas muitos mesmo, ele já dizia: “brasileiro não conhece bem de uso, tudo é moeda de troca”. Ele ficava furioso porque no Brasil dos anos 60, 70 e 80 existiam pessoas que viviam de comprar e vender linha telefônica! Mais ainda: como podiam alugar linha telefônica por um valor que, se fosse atualizado, hoje poder-se-ia alugar um apartamento!!! E olha que estou me referindo a eventos de 30 anos atrás!

 

Ele nunca entendeu como um sujeito podia comprar um carro, rodar um ano ou mais e depois querer vender por quase o mesmo valor, ou mais, do que pagou ao adquirir. Além disso, costumava ter discussões homéricas com comerciantes quando queria trocar o carro por um novo e descobrir a enorme defasagem entre os preços pagos aos veículos usados e bem cuidados.

 

- Estes caras querem ganhar todo dinheiro do mês na venda de UM carro! Costumava esbravejar o dr. Simões.

 

Como administrador, também não entendia – e não entende até hoje – como uma pessoa em pleno século 21 ainda não aprendeu o significado do bem de uso. Segundo ele, um cara compra um carro e não percebe que está pagando pelo benefício do uso; aquilo não é um investimento, como um pedaço de terreno que passa 20 anos crescendo mato para ser vendido depois com a alta do mercado provocada pela especulação imobiliária. Carro é um bem de uso, como a linha telefônica hoje em dia.

 

Por isso ele decidiu não mais vender os carros usados. Passou a doar para os filhos, netos ou netas. Ele liga e fala assim: “vem buscar o carro, mas passa pro seu nome porque não quero saber de multas!” A gente obedece e agradece!

 

Já ganhei alguns carros dele, como um Opala 1979, que foi meu único clássico, mas eu tinha 25 anos! Depois de “adulto” ganhei este Golzinho por qual estou apaixonado pelo baixo consumo e desempenho até honesto para um 1000. Só sinto falta mesmo é da direção hidráulica.

 

E olhe que coisa curiosa: nos últimos dias fiz três viagens, uma de moto (com a BMW F 650GS) e duas com o Golzinho. Nas três levei quase o mesmo tempo, gastei só um pouco mais de gasolina no carro, mas não precisei parar nos pedágios. E o mais importante: choveu MUITO nas três vezes!!! Adivinha se fiquei com saudades da moto???

 

Já estou de olho no próximo carro candidato à doação: o Ford Escort Hobby 1997 da minha mãe que tem 35.000 km e só trocou os pneus porque ficaram rachados! Toda vez que saio com ele encontro uma proposta de compra no limpador de pára-brisa.

 

Meu irmão também era assim. Comprava uma moto, usava um tempo e depois mandava eu buscar. Não tinha a menor paciência com essa tarefa realmente inglória de vender um carro ou moto usados. Aliás, avaliando bem, nessa minha família nunca vendemos ou compramos carros ou motos entre nós. Só muda de nome... gente esquisita!

 

Sim, mas o que isso tem a ver com as motos?

 

Há décadas venho dando consultorias – gratuitas – aos leitores que buscam uma nova moto. Perguntam sobre desempenho, consumo, reposição de peças, pós venda etc. Só tem uma questão que faço questão de não responder nem debaixo de tapa: o valor de revenda! Porque me irrita mais que velha fumando e motorista na faixa da esquerda!

 

Herdei do meu pai essa aversão por quem trata bem de uso como moeda de troca. Alguma vez você ouviu alguém perguntar se determinada geladeira tem bom valor de revenda? Ou um notebook que desvalorize pouco? Tenta imaginar o sujeito na loja de eletrodomésticos:

 

- Gostei desse aspirador de pó, mas será que é fácil de vender? Vou perder muito dinheiro?

 

Por que esta preocupação com veículos? É uma característica tipicamente brasileira? Parece que é comum aos países em desenvolvimento (um eufemismo para pouco desenvolvido).

 

Desde os 14 anos de idade, quando passei a me interessar “cientificamente” pelas motos, comecei a buscar literatura específica. Naquela época não havia revista brasileira e a saída era comprar as européias e americanas na banca de revistas do aeroporto de Congonhas, única que recebia as publicações com dois meses de atraso. Li dezenas de testes em revistas italianas, francesas, americanas, mas não lembro de jamais ter reparado na questão do valor de revenda.

 

Os testes detalhavam as motos cirurgicamente, a ponto de desmontarem quase tudo, mas nada de comentar sobre o quanto o modelo poderia “perder” de valor em um ou dois anos. Uma das revistas especializadas mais antigas do mundo, a Moto & Tecnica, italiana, já colocava as motos em dinamômetros nos anos 80!!!

 

Aqui no Brasil (e acho que outros sul americanos) existe esta preocupação com o quanto ganhar ou perder com a escolha de uma moto. Quer dizer, para alguns, porque eu continuei a deixar essa questão de lado ao analisar uma compra. Já fui até abordado por pessoas que compraram uma moto aconselhadas por mim e depois reclamaram da desvalorização. E sempre saio com a mesma reposta: você queria usar a moto ou começar um comércio?

 

Uma boa dica é  adquirir motos semi-novas, porque já tem a desvalorização normal do bem usado e a defasagem entre compra e venda fica amortizada parcialmente. Só que estamos vivendo um momento curioso do mercado. Está mais fácil comprar motos zero km do que usadas! O ano de 2012 começou com um crescimento menor do que 2011 e as fábricas estão empurrando motos para os concessionários para esvaziar os estoques.

 

Ao mesmo tempo os bancos baixaram as taxas de juros, mas recrudesceram na exigência ao crédito. Com as fábricas empurrando motos goela abaixo dos concessionários e os bancos segurando a grana, os revendedores se viram obrigados a reduzir as margens para colocar produtos nas ruas. Resultado: os preços das motos novas estão baixos e as promoções estão em alta.

 

Aí já não vale mais a pena pensar em uma semi-nova e a boa dica passa a ser: corra comprar uma zero km, se possível à vista. E não perca tempo calculando quanto vai “perder” de dinheiro e pense mais em quanto vai ganhar em satisfação, tempo e qualidade de vida.    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por motite às 22:36
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Terça-feira, 11 de Maio de 2010

Com qual roda eu (não) vou: Gol Ecomotion

(tem versão duas e quatro portas)

 

 

Fiz um teste mezza-bucca do novo Gol 1.0 Ecomotion que consegue incríveis 20 km/litro de gasolina. É um autêntico pé-de-boi, totalmente pelado e geração IV, aquele com cara de lata de sardinha achatada. Não compraria nem a paus, mas já que fiz a avaliação, vc que agüente!

 

 

A primeira impressão é de muito ruído, tanto do vento que passa pelos frisos do pára-brisa e produz um assobio alto, quanto do motor que efetivamente gira alto. O isolamento acústico do cofre do motor é fraco demais. Em termos de desempenho é um motor 1.0 normal com um tiquinho de nada de melhor retomada. O trabalho na suspensão para compensar os pneus mais "duros" e cheios foi nas válvulas dos amortecedores e não alterou o comportamento nem em curva, nem nos buracos. Curiosamente não ficou áspero como se poderia supor, porque os pneus foram feitos exclusivamente para este fim. Decerto que não terá a mesma durabilidade de um pneu convencional, mas isso só se pode conferir na prática. Além disso os aros 13 polegadas são mais sensíveis aos obstáculos.

 

Mesmo sendo um pé-de-boi os itens de série até oferecem alguma dignidade ao usuário.

 

Foi feito uma espécie de torneio de economia com os jornalistas especializados e o melhor resultado a gasolina foi de 24,3 km/litro, enquanto de álcool foi 17,8 km/litro. Conversei com os jornalistas e eles contaram que guiaram normalmente sem preocupação em economizar.

 

Em suma, é o carro que tem tudo para agradar os frotistas e pão-duragem em geral. Mas pode ser também uma opção de primeiro carro para jovens ou mesmo um veículo para uso essencialmente urbano. O preço anunciado eu não lembro, mas acho que era R$ 27.000 e uns quebrados. É oferecido em versões duas e quatro portas.

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publicado por motite às 21:46
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Terça-feira, 27 de Outubro de 2009

VW Apresenta novo Fox

 

(O novo Fox tá bonitão!)

 

A convite do site Best Cars Web Site  fui para a apresentação e do test-drive do novo VW Fox.  Como hoje ainda não consegui escrever o texto todo, coisa que nem vou publicar aqui, porque é Motite e não Carrite, se quiser ler o teste todo vai lá no BCWS. Essa é só uma prévia.
 
O que mudou no novo Fox
 
Facelift completo, manteve a plataforma e mecânica, mas mudou toda a carroceria e interior. A nova frente ficou bem mais bonita e conseguiram reduzir tanto a área frontal (de 2,18m2 para 2,17 m2) o que resultou em menor Cx, passando de 0,359 para 0,353 coisa pouca, mas dizem que dá diferença pq o cálculo da penetração é exponencial e quanto mais rápido o carro anda maior a diferença.
 
(Com as torres gêmeas ao fundo. Foto: Tite)
 
Um das preocupações foi fazer o carro de forma mais "consertável". Por isso a frente agora tem pára-choque multipartido e a estrutura metálica é aparafusada e não mais soldada. O resultado disso é que ficou mais barato fazer reparos, sem necessitar trocar todo pára-choque, nem mexer com estrutura soldada. Além disso o compartimento do air-bag do passageiro agora é isolado e em caso de abertura da peça basta trocar uma pequena tampa e não mais todo painel. Graças a essas mudanças o Fox tem o custo de reparação mais baixo da categoria, segundo uma entidade reguladora chamada Cesvi.
 
O interior foi inteiramente modificado. Não ganhou em espaço interno, mas os tecidos e as texturas dos revestimentos foram todos alterados, assim como as maçanetas internas, volante, painel e comandos. O painel agora tem quatro instrumentos circulares, dois grandes com velocímetro e conta-giros e dois pequenos (dentro dos grandes) com temperatura do motor e nível de combustível.
 
(Interior todo novo)
 
O motor permaneceu o mesmo
 
Depois do teste percebi algumas coisas:
 
1) esse câmbio automatizado I-motion é muito esquisito, pq dá uma apagada nas trocas de marcha que nem um soluço mesmo. Achei a versão com câmbio seletivo mecânico mais interessante.
 
2) O nível de vibração é tão baixo que várias vezes pensei que o carro tinha morrido. Fizeram um trabalho de "coxinização" (nome horrível, mas usado pelos técnicos) para explicar que agora tem mais coxins nos mancais do volante.
 
3) O sistema de chave inteligente funciona mesmo: a gente dá uma girada na chave e não precisa segurar.
 
4) Como eu não conhecia o Fox, achei um ótimo espaço interno, mesmo nos bancos traseiros. Para o motorista tem várias regulagens de volante e banco. A VW introduziu no Fox itens que só tem em carros maiores e mais luxuosos, como o volante do Passat CC.
 
(Um verdadeiro jornalista pentelho precisa tocar no carro com os dedos!)
 
Só pra chorar, aqui vão os preços:
Básico 1.0 2P = R$ 29.990 / 4P = R$ 31.830
Pacote Trend 2P = R$ 34.800 / 4P = R$ 39.104
Prime 2P = 36.930 / 4P = 40.745
I-motion 2P = 39.400 / 4P = 43.306
 
É isso aí, quem quiser saber tudo sobre esse carro vai lá no www.bestcars.com.br e leia!

 

 

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publicado por motite às 21:12
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Segunda-feira, 28 de Julho de 2008

O expert e o esperto

As palavras são parecidas. Inclusive é um dos falsos cognatos da língua inglesa. Muita gente confunde expert (experiente) com esperto (na verdade smart, em inglês). Algumas pessoas são mais espertas que outras e conseguem até passar a imagem de experts em um determinado assunto. Outros são extremamente experientes, mas não conseguem se posicionar com esperteza.

 
Essa é a síntese da minha curta e enriquecedora experiência vivida – e encerrada dia 21 de julho – na redação da revista Maxim, da editora Escala, onde fiquei 3 meses como editor-chefe.
 
Depois de praticamente desenvolver o produto, formar equipe, contatar colabores ao redor do mundo, criar pautas e passar quase 12 horas por dia de segunda a sábado percebi que minha experiência como jornalista não seria suficiente para editar uma revista dessa natureza. Sobretudo quando a esperteza tem de superar a experiência.
 
Para completar, o curso SpeedMaster de Pilotagem – que existe desde 1997 – e minha atividade de instrutor de montanhismo na Pedra Bela Vista (Socorro-SP) estavam exigindo minha dedicação quase todos os finais de semana. Na hora de colocar na balança as perdas e ganhos ao me desligar quase integralmente do mundo das motos percebi que as perdas estavam sendo maiores.
 
Agradeço demais a confiança e oportunidade que a Editora Escala depositou em mim e retribuí deixando uma edição e uma equipe bem afinada. A edição 01 chegará às bancas dia 5 de agosto (não perca!) e palpitem à vontade.
 
Pretendo continuar colaborando com a Editora Escala e especialmente com a Maxim, uma revista que tem tudo pra dar certo tanto no Brasil, assim como em todos os países nos quais ela circula.
 
Você se surpreenderá com o conteúdo editorial e a qualidade das imagens.
 
Foi um grande aprendizado, mas não posso jogar 30 anos de história e experiência pela janela em nome de um desafio. Só não defini ainda se voltarei ao jornalismo especializado em motos. Isso ainda terei de estudar para não cometer (mais) erros.
 
Como diz a filosofia budista: a sabedoria vem da experiência; e a experiência vem dos erros que cometemos!
 
(quem mais gostou da minha volta ao home-office é a Valentina, ela passa o dia todo aqui no meu pé, tomando sol. Essa cachorra é uma figura!
 
(Valentina, minha fiel leitora - @ foto:tite)
 
+          +          +
 
(Caramba! É muito Fusca - Foto@Tite)
 
FUSCAMANIA
Neste último domingo fui a Interlagos ver de perto o Encontro Nacional de Fuscas e mergulhei de cabeça no meu passado automobilístico! Foi um encontro super colorido e divertido. Nada a ver com alguns encontros de veículos clássicos que eu costumava freqüentar. O Fusca é um caso de amor de quase toda uma geração. Quando vejo um Fusca tenho certeza de que é o único carro do mundo que sorri!
 
Revivi alguns dos meus mais secretos e despirocados momentos como motorista. Minha família teve uns 5 ou 6 Fuscas – confesso que não lembro. Começou com um 1300 de 1969 que meu irmão destruiu numa batida e eu tive minha primeira experiência de quase morte ao ver o Fusquinha rodar como um pião, subir na calçada, quase capotar e parar milagrosamente com as quatro patas pra baixo.
 
Meu pai comprou um Fusca 1500 amarelo. Isso mesmo, amarelo gemada! Tinha rodas cromadas, tala larga e era tão discreto quanto um porteiro de circo. Assim que ele chegou com o carro em casa fui numa loja na avenida Faria Lima, chamada Paulistano, e pedi pra instalar um volante esportivo tão pequeno que parecia um registro. E instalei também um espelho retrovisor Grand Prix, igual de F1. Cada vez que tinha de manobrar o carro minha mãe me xingava por causa do maldito volante pesado!
 
(amor pelo Fusca não tem idade - Foto@Tite)
 
Depois tivemos outro Fusca 1500 azul calcinha de virgem. Esse eu resolvi limpar as velas. Saquei as 4 velas, lixei, limpei e coloquei de volta. Mas quem disse que eu lembrava a ordem dos cachimbos. O carro não pegava nem por reza ao santo Expedito e só com a chegada do mecânico as coisas voltaram ao normal. Nunca mais abri aquele capô do motor!
 
Tudo isso eu tinha menos de 15 anos! Mas já dirigia o Fusca desde os 12 anos...
 
Antes de dirigir eu lembro de descer a serra de Santos no Fusca do meu vizinho, Eduardinho. Só que naquela época de absoluto desconhecimento das regras básicas de segurança, eu e meu vizinho abríamos o berreiro pra viajar naquele compartimento de bagagem atrás do banco traseiro. Se algum caminhão perdesse o freio e estampasse a traseira daquele Fusquinha 1966 eu e meu vizinho seríamos espremidos como um tubo de pasta de dente.
 
Bom, essas histórias e muitas outras estarão em um novo projeto que estou desenvolvendo com a Editora Escala para breve – mas ainda é segredo!
 
(pode reparar: esse carro está sorrindo! Foto@Tite)
 
 
(Fuscas raros e conservados - foto@Tite)
 
 
 
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publicado por motite às 17:09
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