(Essa paisagem combina com música alta? Foto: Tite)
Desde o longínquo ano de 1981 escrevo (e fotografo) sobre turismo. Já viajei muito pelo Brasil e exterior, além de pesquisar muito o assunto. Por isso foi com uma profunda tristeza que vi uma transformação muito grande no meu paraíso, onde há 17 anos tiro minha religiosa semana de férias: a Ilha Grande, no litoral sul do Rio de Janeiro.
Minha primeira visita à Ilha Grande foi em 1992, ainda na época do presídio ativo, mas passei apenas um dia
A ingenuidade da Ilhabela começou a ruir quando retiraram os pequenos barcos que faziam o transporte de passageiros e impuseram o burro, poluente, barulhento, caro e infernal ônibus. Claro que teve uma mãozinha das companhias de transporte e seus lobbies maquiavélicos. A partir de 1983 parei de frequentar a Ilhabela, por isso fiquei tão feliz ao descobrir a Ilha Grande, com a mesma ingenuidade natural que conheci aos 7 anos de idade, ao atravessar o canal de São Sebastião.
(Vila do Abrahão: muita caca de cachorro nas ruas. Foto: Tite)
Nos últimos quatro anos, por motivos diferentes, deixei de passar minhas férias na Ilha Grande e esse jejum terminou uma semana atrás. E foi com uma preocupante tristeza que percebi uma mudança perigosa: acabou a ingenuidade. O turismo virou a fonte de renda e será o algoz de mudanças ainda mais profundas na estrutura social e natural na Ilha Grande.
Longe de querer implantar uma espécie de “reserva de mercado” naquele paraíso, sou favorável a uma interferência radical urgente na prática do turismo na Ilha Grande. Não precisamos chegar ao ponto de um regime quase militar praticado na ilha Fernando de Noronha, mas não posso acreditar que a exploração comercial do turismo como está sendo feita hoje manterá a Ilha Grande longe de grandes problemas ambientais e estruturais.
Só pra ficar em um exemplo bem simples e visível, algumas trilhas estão em processo perigoso de erosão e precisam ser fechadas imediatamente sob risco de um deslizamento provocar grandes deslocamentos de terra. No caminho de Abrahão para Dois Rios, um passeio muito fácil e feito por uma estrada usada até por caminhões, existem dois atalhos abertos na mata. Estes dois atalhos precisam ser fechados porque o processo de erosão já está tão grande que só fechar não será suficiente para conter. O indicado lá – e em outras trilhas – seria fazer degraus tanto para facilitar a caminhada (e evitar abertura de mais e mais trilhas) quanto para reduzir a velocidade de escoamento das águas.
Viver ou morrer do turismo?
O turismo beneficia muita gente. Isso é inegável, mas jamais pode ser visto como um “mal necessário” e sim como “um bem a ser controlado”. O que vi nesta recente visita à Ilha Grande foi uma concorrência exagerada por pequenas fatias. É a história do pipoqueiro que começa a se dar bem na porta do cinema e uma semana depois tem uma dúzia de pipoqueiros, cada um ganhando menos e brigando, literalmente, por quirelas.
A Secretaria de Turismo de Angra dos Reis precisa olhar com muita atenção e cuidado para esse assunto antes que perca o controle da situação. Vamos lembrar que a administração pública no Lisarb funciona ao contrário do resto do mundo. Aqui primeiro é preciso chegar ao caos absoluto para depois tentar implantar o controle.
(Caxadaço: colocar um barco enorme aqui é um crime! Foto: Tite)
Viver do turismo significa mais do que só oferecer guia, refeição, passeios e pousadas. É preciso respeitar o turista, o ambiente e saber se mimetizar na paisagem e não se sobressair nela. Quem ensinou aos barqueiros que todo mundo gosta de música alta? Quem disse que música é para qualquer ocasião? Será que nenhuma pessoa nesse mundo consegue convencer que um santuário ecológico não combina com Rappa tocado a 130 decibéis? Dentro do barco já tem o ronco do motor, com o som alto ninguém consegue nem sequer conversar sem ser aos berros.
Qualquer pessoa com um pouco de relacionamento artístico com a música se sente agredido quando o som é de má qualidade e a seleção musical é de péssimo gosto. Como adoram ventilar os membros do Orkut, “gosto é que nem c*, cada um tem o seu!”. Pra quê agradar muitos em troca do sofrimento de poucos? A melhor solução é deixar sem música e quem sentir falta espeta os fones de ouvido no MP3, no celular, no iPod e arrebenta os próprios tímpanos. Será por isso que nos aviões não existe música ambiente? Dããã, deixe que cada um escolha o que quer e se quer ouvir alguma coisa.
Imagine uma baía como o Caxadaço, na Ilha Grande, ponto de mergulho com variada vida marinha (tartarugas aos montes), um dos lugares mais preservados da Ilha, recebendo uma escuna de
É muito fácil atrair e agradar turistas:
1) Não trate todo mundo como uma coisa sem forma, sem personalidade. Agradar a qualquer custo pode desagradar uma parcela que comentará com outros e mais outros.
2) Respeite o que é natural, como os sons, cores e perfumes da natureza. Fumaça de cigarro e de óleo diesel não combinam com natureza.
3) Crie uma tabela única de preços e conceda descontos na baixa temporada. Da forma como são publicadas as tabelas, a impressão é de que na alta temporada todo mundo corre aumentar os preços!
4) Cobrar caro não é proibido, desde que seja recompensado com qualidade e gentileza. Turista é um ser que está longe de casa, até do país, por isso precisa ser recebido com gentileza. A pior sensação a um turista é a de ser explorado, como se o mundo fosse acabar depois da alta temporada!
5) Hemisférios diferentes, hábitos diferentes. Os operadores brasileiros precisam entender que hábito e cultura mudam que nem os ventos. Se na Itália, Argentina ou Alemanha todo mundo fuma como um turco no corredor da morte, aqui deve prevalecer a nossa legislação. Notei que muitos restaurantes, hotéis ou embarcações fazem vistas grossas aos estrangeiros que fumam.
6) Aprendam inglês e espanhol!!! É duro ver um guia brasileiro conversando em inglês macarrônico com um argentino! Miércoles! pode-se aprender espanhol em seis meses sem morrer de estudar. Mesmo que seja pra oferecer um “sorviete de moriango”.
7) Nessa época de “all friendly” as pousadas e serviços precisam se adaptar às pessoas com problemas de locomoção. Se alguém tiver de usar cadeira de rodas na Ilha Grande vai preferir ficar parado. As ruas e calçadas têm pavimentação muito ruim e desnivelada e a maioria das pousadas têm acesso aos quartos por... escadas!
8) Promovam mais as baixas temporadas. Há décadas inverti a tendência do cardume na piracema e deu super certo: praia no inverno e montanha no verão. Além de tudo mais vazio, os preços são melhores. E como um belo país tropical, quem está perto dos trópicos nem sofre com temperaturas extremas. Verão na montanha é mais fresquinho e dá até pra entrar na cachoeira. E inverno na praia ainda é quente, com a vantagem da água fria. Em suma, quem não gosta de arder como uma picanha na brasa, nem congelar como uma cerveja no freezer, basta nadar contra a correnteza e descobrir as delícias do clima ameno! Podem falar: coisa de velho!
9) Chamem os gringos! O turismo interno é importante, mas pra quem vive no hemisfério norte, 23ºC é calor infernal! Eles podem viajar o ano todo pro Rio de Janeiro que vão achar sempre “quente e exótico”. Conheci um alemão que vinha todos os anos pra Ilha Grande sempre no inverno, pra fugir do calor saariano do verão. Além disso, pra eles é tudo 1,5 vez mais barato por conta da moeda. Mas atenção: só porque o gringo gasta 100 paus por pessoa num jantar não significa que os brasileirinhos também pagam! R$ 100 = 40 euros!
A respeito de preços em geral, fica uma dica final: o que mais conquista um turista não é preço baixo, senão os albergues estariam lotados pelos próximos 15 anos. Na verdade turista gosta é de qualidade e atendimento! Eu até aceito pagar 40 Euros por pessoa em um jantar, desde que saia da mesa com a sensação de ter vivido uma experiência divina!
E chega, porque cansei de escrever!
(Nova Fiat Strada Adventure Locker cabine dupla. Foto: Tite)
Meu amigo e jornalista (diplomado) Betto Delboux pediu para acompanhá-lo em uma missão das mais duras: passar dois dias em Brotas, SP, para fotografar a nova picape Fiat Adventure Locker cabine dupla. Havia anos que eu não trabalhava como fotógrafo, mas aceitei o convite e fomos pra cidade considerada a capital do turismo de aventura de São Paulo.
Admito que não achei Brotas tão "radical" assim. A atividade mais marcante é mesmo rafting, aquela embarcação de borracha pra descer o rio Jacaré Pepira. Já fiz esse rafting muito tempo atrás e curti muito. Recomendo praticar no verão, porque as chuvas deixam o rio mais veloz.
(Canyoning na cachoeira Sete Quedas. Foto:Tite)
As outras atividades mais comuns são canyoning (rapel na cachoeira), tirolesa e arborismo. Não tem área de escalada natural, por isso já achei menos radical do que Socorro, por exemplo, que também oferece rafting, mas tem boas vias de escalada naturais e um rapel de 98 metros, sequinho!
Quanto à picape. Bom, não entendi muito esse lançamento. Ela é homologada para quatro pessoas e o espaço no banco de trás é bom só pra quem tem até 1,75m. Mas a janela traseira é fixa, mas a falta de ar é compensada pela janela traseira basculante e pelo teto solar.
Mas confesso que prefiro a picape de cabine simples, porque cabe uma moto! Ou a perua Palio Adventure Locker, que tem porta-malas fechado e comporta 5 passageiros!
(A picape no meio do canavial. Foto:Tite)
A região de Brotas está quase toda tomada por plantações de cana de dimensões continentais. Ou por eucaliptos ou pés de laranja Charmute (muito doce!). A vegetação nativa é muito restrita. Isso não me agradou muito. Prefiro ver mais mata nativa.
Mas, pra quem gosta de se molhar é uma cidade cheia de atrativos!
A matéria será publicada na revista Mundo Fiat, dirigida. Não é vendida em banca.
(Muita água fria! Foto: Tite)
(É curioso notar como tem loja de lingerie na Itália. Foto: Tite)
Essa minha mais recente viagem à Itália foi a mais easy-rider de todas. Meu único objetivo era conhecer Roma, porque já era minha quarta visita à Itália e eu nem sequer tinah pisado em Roma. Então aproveitei que estava vivendo de free-lancer (eufemismo pra desempregado) e fiqui logo 30 dias zanzando pelo país. Ah, também era fundamental visitar Lucca, cidade dos meus avós maternos.
(Doidão do leste Europeu viajando pela Itália com uma BMW 250cc de 1961. Foto: Tite)
Mas como a Lei de Murphy é implacável, enquanto eu estava viajando de carro fez um tempo maravilhoso, com céu azul, frio, mas sempre ensolarado. Mas quando passei a viajar de trem e ônibus o tempo fechou, começou a chover a não parou mais... Em San Geminiano eu cruzei um maluco do Leste Europeu (claro que não lembro o país...) viajando com uma BMW 250cc de 1961, se não me engano. A moto pifou debaixo de maior chuva e lá fui eu ajudar o mano a empurrar a clássica. Papeamos e perguntei se ele era colecionador. A resposta foi surpreendente:
- Não, eu só tinha dinheiro pra comprar essa moto, que estava jogada na casa de uma família alemã. Consertei o sistema elétrico e ela funcionou. Bom, pelo estava funcionando até agora...
(Campo de oliveiras. Não coma a azeitona! Foto: Tite)
Entre um passeio e outro eu cruzava enormes plantações de azeitonas. A extração do azeite é uma das atividades mais antigas da humanidade italiana (!). E eu estava justamente na época da colheita. Aquele monte de oliveiras carregadas dava uma vontade louca de pegar uma e experimentar. Mas decidi colocar o cérebro para funcionar antes das mãos e perguntei para uma italiana se a azeitona no pé tinha o mesmo gosto que tem dentro do vidro. Felizmente eu perguntei, porque pela cara que ela fez o troço deve ser ruim que só!
(Carrossel florentino, nunca entre bêbado! Foto: Tite)
E, para encerrar este capítulo, uma historinha:
O cara acordou no hotel e comentou com o recepcionista:
- Cara, tive um pesadelo horrível. Sonhei que o mundo estava girando, tinha um cavalo na minha frente, outro atrás, Uns monstros estranhos e tudo correndo sem parar...
- Então é melhor o senhor não entrar mais no carrossel quando estiver bêbado!
(Garda: do quebra-cabeça à realidade. Foto:Tite)
O ano de 2006 foi marcado na minha vida por duas realizações de sonhos de infância. Primeiro foi conhecer a região do Algarve, em Portugal, que vc já viu em algum post da lista aí da esquerda. O segundo foi na Itália.
Quando eu era pequeno minha madrinha me deu um quebra-cabeça desses de 1.000 peças. Passei as férias juntando aqueles caquinhos e admirando a foto da caixa. Era um lugar muito colorido, com uns barcos, uma espécie de trapiche ou píer. No canto da caixa estava escrito: Lago di Garda.
(Pomba gira? Não, é um passaraglio! foto: Tite)
Em 2005, já com 46 anos, fui novamente pra Itália participar do Salão de Milão. Como sempre, aproveitei para tirar um mês de férias pela vecchia bota. Um amigo de Mantova me emprestou um carro mega super fuçado, rebaixado, com escape, rodas etc e disse que podia devolver quando bem entendesse.
(Carrão emprestado: quem tem amigo não morre pagão! Foto: Tite)
Como você já sabe, eu abro o mapa, escolho qualquer ponto e me mando, sem muita pesquisa. Olhei para um ponto no Norte e me mandei pra lá. O destino era Arco, na região Trentina, para comprar equipamento de escalada e até subir umas paredes de calcáreo.
(Onde está Wally? Descubra onde está o Tite nesta foto! Foto: Piero)
Quando estava andando a pé, meio macambúzio por estar viajando novamente sozinho, sem as pessoas que amo, olhei para um pequeno porto e levei um choque: era a imagem do meu quebra-cabeça! Eu estava em um porto muito familiar, às margens do Lago de Garda. Eu estava dentro da foto do meu quebra-cabeça, 36 anos depois.
(Pôr do dol no Lago de Garda. Foto:Tite)
SÃO JOAQUIM
(Essa é serra do Rio do Rastro: haja curva! Foto: Santa Catarina Turismo)
(Cabo da Roca: falésias enormes, mas... Foto:Tite)
As rochas rolantes
Minha estada de uma semana em Portugal foi uma das viagens mais adoráveis e gratificantes da minha vida. Pela primeira vez visitava a terra de meus avós paternos e mais: era a primeira vez em muitos anos de viagem que eu pisava na Europa em pleno verão! O calor batia os 38ºC capaz de torrar meus miolos em segundos. É um calor seco, diferente do nosso tropical.
O maior prazer da minha vida de turista acidentado é abrir o mapa de um lugar e, sem qualquer indicação de ninguém, escolher um ponto e me mandar pra lá. Peguei um ônibus até Cabo da Roca porque tinha visto fotos das falésias e queria escalar de qualquer jeito. Peguei sapatilhas, magnésio e fui!
Assim que vi a primeira falésia quase chorei de alegria. No Brasil são raras as falésias. Só conheço a de Torres, no Rio Grande do Sul (ATENÇÃO: por definição, falésia é uma rocha que fica na praial!!! A Pedra do Baú, em Campos do Jordão, não é uma falésia!) .
Desci as trilhas a mil por hora, cheguei numa praia linda, vesti as sapatilhas e voei pra parede já visualizando várias vias para bouder. Passei magnésio na mão, peguei a primeira agarra na rocha e... a agarra saiu na minha mão!!! Isso mesmo, aquela composição de rocha é totalmente frágil. Ela desmancha em placas como um castelo de cartas. Olhei em volta e vi montanhas de pedras caídas (as chamadas morenas).
(As placas de rocha se soltam ao simples toque. Foto: Tite)
Lá se foi minha escalada. Fiquei me sentindo que nem uma criança que fica presa numa fábrica de geléia sem nenhum pedaço de pão!
(De sapatilhas nas mãos, literalmente... Foto:Tite)
Foi em Portugal, mais especificamente na cidade de Faro, na região do Algarve. Depois eu conto os detalhes dessa história, porque antes preciso ´terminar a história da viagem a São Joaquim... curtam as imagens dessa velejada.
(Um litoral dos mais belos do mundo: Faro. Foto: Tite)
(Red brick: uma das imagens mais marcantes de NY são as casas de tijolos vermelhos. Foto:Tite)
Cidades...
Ontem assisti o cultural programa Super Pop, com a Luciana Gimenez, dedicado a cidade de Nova York. Pois bateu uma saudades da cidade e decidi interromper o assunto motociclístico para dedicar também algumas imagens da minha viagem em abril.
(Por favor, não pague o mico de passear nessas charretes... Foto: Tite)
Acho que se existe um lugar no mundo que merece ser visitado em NYC. Por curiosidade entrei em um site de agência de turismo e descobri pacotes de uma semana por R$ 3.000! Incluindo passagem, hospedagem e traslados. É muito barato pela experiência de vida.
(Três épocas diferentes na mesma imagem. A arquitetura se mistura lado a lado. Foto: Tite)
A parte curiosa da minha mais recente visita à NY foi por conta do visto. Eu embarquei na primeira semana de abril e meu visto expiraria apenas um dia após a data do retorno. Além disso meu visto era de turista e eu estava indo a trabalho. Bateu o desespero de a Imigração me encher o saco e despachar de volta. Treinei uma semana com um professor de inglês todas as desculpas esfarrapadas para a viagem: jogar nos cassinos de Las Vegas (do outro lado dos EUA), fazer compras, turismo básico etc, mas tinha um problema: desde quando alguém vai pros EUA fazer turismo SOZINHO???
(Central Park. Foto: Tite)
Quando cheguei no guichê da imigração o guarda começou a falar em... espanhol! E fez a tradicional pergunta: "Whata f*** vc veio fazer aqui?". E fiquei só gaguejando, enquanto ele olhava o passaporte e nem olhava na minha cara.
- Turismo! respondi...
- Sozinho??? perguntou o guarda e quase fiz xixi nas calças.
Foi quando ele mesmo me deu a melhor desculpa que nem sequer me passou pela cabeça.
(vista de dentro da AppleStore, simplesmente um luuuuuxo para maqueiros. Foto: Tite)
O guarda olhou na minha cara, deu uma risada e falou:
- Pode confessar, você veio comemorar seu aniversário!
Só então me liguei que meu aniversário seria em uma semana! E emendei:
- Claro, é uma espécie de selfgift!
E ele carimbou a entrada, ufa!
(fachada típica de um prédio às margens do rio Hudson, aquele aeroporto de emergência. Foto: Tite)
Foi uma semana de muito trabalho na sede da Maxim e pouco lazer. Sobrava pouco tempo para passear e quando decidi dar um rolê na night caiu uma pusta tempestade e fiquei ilhado perto do Central Park.
(eles também param em fila dupla, sonofobitches... Foto: Tite)
Serra do Rio do Rastro em 1983. Foto: Tite
Serra do Rio do Rastro
Felizmente achei as fotos de uma das mais assutadoras viagens de moto que fiz na vida. Era para ser apenas uma produção de moda para um publi-editorial da linha de inverno da Honda Way. Tínhamos informação que naquele inverno iria nevar mais do que no Alaska e decidimos levar uma CB 400, duas modelos, um produtor e um fotógrafo (eu) até lá para fazer as fotos na neve...
CB 400: "Ei, dona vaca, a senhora não tem medo de pegar a doença da vaca louca?"
Vaca: "Eu não! Isso não me preocupa porque não sou uma vaca, sou um coelho!"
CB 400: "Tá, e eu sou uma R1"
Bom, colocamos a moto e todo material da produção em uma picape e nos mandamos pra Florianópolis, onde pegaríamos (ipsis sensus) as modelos.
Tudo corria conforme planejado até chegarmos a Floripa e o produtor, Ronaldo Leme (sim, ele mesmo, o baterista do Mutantes, eu devia desconfiar...) decidir comprar um fogão a lenha na beira da estrada. Obóveamente não sobrou espaço para a CBzona, que teve de ser pilotada por mim dali em diante.
CB 400: "Moço, tem Podium?"
O Dinho Leme foi na picape com as modelos, eu fui na moto e começou a escurecer, a esfriar e a... chover! Sim, porque nada é tão ruim que não possa ficar pior.
E... e... e são 23:30 do domingo, vou dormir e continuo outro dia!
Agora que descobri essa facilidade de postar vídeos, você poderá acompanhar algumas das minhas andanças pelo mundo...
Começando pela itália, em 2005, uma viagem molhada pra caramba!
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