(um olho pra cada lado!)
Pilotar moto exige mais do que os cinco sentidos básicos
Desde a nossa tenra infância, aprendemos que temos os cinco sentidos: audição, paladar, visão, olfato e tato. Algumas filosofias, como a antroposofia alemã, pregam a existência de até 12 sentidos. A sabedoria popular já acostumou a atribuir algumas ocorrências ao sexto sentido. Ou como dizem lá no interior de Minas, quando a gente fica “com a pulga atrás da orelha”.
Essa sensação, que sempre remete à desconfiança, é a melhor arma para nos defender contra surpresas provocadas por aquelas variáveis incontroláveis do trânsito. Como costumo dizer aos meus alunos, nunca subestime a capacidade que os outros têm de errar.
Pilotar moto exige uma postura de escoteiro, sempre alerta! Se um carro à frente está em atitude suspeita, posicionado no centro da rua, sem dar sinais de mudança de direção, não arrisque uma ultrapassagem, porque o motorista pode estar procurando uma rua, ou prestes a entrar na garagem. As expressões como “estar ligado”, ou “estar antenado”, refletem bem esta sintonia do motociclista com o mundo que o cerca.
É comum relato de acidentes em semáforos porque o motociclista passou no verde sem conferir se ainda tinha algum veículo cruzando a esquina. Por mais que um motorista esteja errado, atravessando o farol fechado, é sua pele e seus ossos que estão em cima da moto. Portanto desconfie mesmo dos sinais abertos e só atravesse um sinal verde depois de conferir se não sobrou algum apressadinho ou espertinho querendo "aproveitar o amarelo". Nossas motos – leves e ágeis – têm capacidade de aceleração muito maior do que a maioria dos carros. Os motoristas não estão acostumados com esta característica e desprezam as motos.
Fique ligado e se desconfiar de alguma coisa, desacelere!
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