Quarta-feira, 14 de Julho de 2010

O papel de mídia impressa hoje

Leia mais, compre este livro e seja feliz (eu também...)

 

O anúncio do fechamento da edição impressa do Jornal do Brasil foi o primeiro grande golpe da mídia impressa.

 

Um dos mais tradicionais e antigos jornais do País, o JB já teve como editor escritores como Ruy Barbosa e jornalistas brilhantes no corpo editorial. Eu mesmo já fiz algumas matérias como free-lancer para o jornal carioca (o que tira um pouco deste brilhantismo...). A última edição impressa sairá em 1º de setembro e a partir daí vai reforçar a edição na Internet. Curiosamente, o JB foi o primeiro grande jornal a criar uma edição eletrônica e seu fim será exatamente a edição on-line.

 

Logo após este anúncio outros meios de comunicação iniciaram um grande debate sobre a substituição do papel pela tela de LCD dos notebooks, netbooks, palms e tablets. Antes de se criar uma falsa impressão de que a mídia impressa está naufragando, aqui vai uma advertência: o JB não fechou pela concorrência com a Internet, mas foi por pura falta de investimento, mau gerenciamento e falta de planejamento mesmo. Com uma dívida acumulada de R$ 100 milhões e a ridícula tiragem de 15.000 exemplares/dia só pode fechar mesmo.

 

Enquanto teóricos discutem o papel – literalmente falando – das mídias impressa e eletrônica, um dado da última bienal do livro pegou todo mundo de surpresa: nunca antes na história deste País se vendeu tanto livro! O brasileiro está lendo mais, comprando mais livros, revistas e jornais. Um dos responsáveis por esta febre da leitura são os jornais gratuitos distribuídos em semáforos, metrôs e outros pontos públicos.

 

Fico feliz sempre que vejo um motoboy ou qualquer motociclista pegar o jornal, ou nas raras vezes que uso transporte público e percebo que várias pessoas estão lendo estes jornais. Até lamentei não ter fotografado um morador de rua, acompanhado de seus cães, sentado na calçada lendo um jornal.

 

Durante minhas viagens ao Exterior me surpreendia ao ver que o mais comum é ver pessoas lendo dentro de ônibus e metrôs. Dificilmente alguém fica parado sem ter alguma coisa para ler. Independentemente do conteúdo, o hábito da leitura é visível nas ruas. E sempre imaginei quando o brasileiro teria o mesmo hábito. E percebo que já estamos vivendo a era da leitura, graças aos jornais gratuitos que podem representar o único veículo de comunicação de muita gente.

 

Muitos teóricos, intelectuais e “descolados” criticam autores como Paulo Coelho pela baixa qualidade da literatura, mas esquecem que graças à enxurrada de leitores do “mago” hoje muitos destes leitores passaram a carregar um livro, revista ou jornal debaixo do braço. Livros do Paulo Coelho deram o início ao gosto pela leitura, mesmo que tenha menos literatura que uma bula de remédio, mas quem se preocupa com isso? O primeiro passo é ler, depois aprimorar o conteúdo.

 

Já fui um ferrenho defensor da Internet e até previ um fim triste para a mídia impressa. Hoje, na condição de leitor, blogueiro e anunciante de revista, percebi que estava redondamente enganado. A mídia impressa nunca esteve tão forte e se revistas fecharam neste período foi muito mais uma questão de administração, foco ou investimento do que propriamente pela especificidade da mídia. A cultura do editor de revistas no Brasil é ainda meio ultrapassada, salvo raras exceções. Mas este assunto é comprido demais e estou com preguiça de escrever...

 

Só queria mostrar o exemplo da revista MOTOCICLISMO, da editora Motorpress. Conheço a revista e a editora desde o nascimento de ambas. Durante muito tempo a revista brigou para permanecer no mercado em uma época que o mercado estava meio quebrado 13 anos atrás. Em associação com uma das maiores empresas de comunicação do mundo, a Motorpress International (ex Luike-Motorpress) a Motociclismo superou várias barreiras e na última edição surpreendeu com calhamaço de 242 páginas, sendo 50% de publicidade.

 

O conteúdo também surpreendeu com um teste comparativo de pneus que nunca vi na vida: cheio de gráficos, análises, depoimentos etc. Testes gringos, no Brasil, com motos grandes, pequenas etc. Acho que hoje a melhor receita de revista especializada é da Motociclismo mesmo. Reduziram o espaço de competição (afinal, esse não é o papel de uma revista mensal...), aumentaram o de serviço e ainda apoiados por um site fartamente atualizado.

 

Alguém poderia criticar a quantidade de anúncio. De fato, 50% é muito (parabéns ao departamento comercial!), mas eu já fiz revista durante mais de 25 anos, sou leitor de revista especializada desde a adolescência e posso afirmar que publicidade em revista especializada pode ser considerada como serviço. Desde que não fique restrito a anunciantes de São Paulo, capital. E o que vi na Motociclismo foram várias páginas de publicidade de outros Estados.

 

Outra reclamação recorrente com relação às revistas brasileiras é quanto à distribuição. Se você soubesse como é difícil – e caro – mandar revistas para 5.380 municípios entenderia esse problema. E para piorar, a distribuição de revistas é monopólio de UMA empresa, que pertence a uma grande editora. Por aí dá pra avaliar a dificuldade... Já sugeri que as outras editoras espalhassem as revistas por meio das distribuidoras de Coca-Cola! Afinal é o produto melhor distribuído no mundo!

 

Também não reclame de assinatura, porque no Brasil não existe a cultura da assinatura. Só para termos uma comparação, quando fui editar a revista masculina Maxim, o diretor de circulação da editora americana quase enfartou quando explicamos que não faríamos assinatura no primeiro ano. Nos Estados Unidos a circulação de revistas é dividida em 85% de assinatura e o restante vendido em banca. Inclusive algumas editoras fazem uma capa diferente para assinantes, sem as chamadas, afinal a edição já está comprada quando chega na casa do leitor.

 

No Brasil apenas as revistas semanais têm um número relevante de assinatura. As mensais ainda sofrem um pouco de restrição por vários motivos, entre eles o natural direito de escolha para saber se AQUELA edição está com conteúdo interessante, ou não. Com uma distribuição capenga, atrasos na entrega e baixo interesse na assinatura, deveríamos dar graças a Deus de chegar na banca e encontrar ainda tantas revistas de editoras pequenas.

 

E já que estou falando em leitura, não esqueça que está chegando o dia dos pais e você pode dar um livro de presente pro véio. E não é qualquer livro, é este aqui!

publicado por motite às 19:13
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Quinta-feira, 8 de Outubro de 2009

Pra que ir no salão?

Afinal de contas, vc vai gastar 50 reais pra entrar no salão das motos pra quê???


Pra ver isso:

 

 

Ou isso:

 

 

Ou em dose tripla?

 

 

Pra ver a nova Suzuki GSX-R 750 2010???

 

 

Nana nina não! Você vai para comprar o único livro de crônicas sobre motociclismo do planeta: O Mundo É Uma Roda, de autoria do Tite (eu) que estará pessoalmente (mas não avise os credores) autografando essa maravilha da língua tupi-paulistana!

 

 

Esse é o verdadeiro sentido da vida! Passe no estande do Motonline (rua G, estande 297) as 16:00 horas ou no estande da SBK (rua J, std 263) às 19:00 horas e saia com R$ 30,00 a menos na sua carteira e muito mais cultura! Apareça por lá, prometo não deixar nenhuma dessas barangas se aproximar!

publicado por motite às 04:18
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Sábado, 4 de Outubro de 2008

Cartas dos leitores

 

(O Mundo É Uma Roda, à venda nas livrarias Cultura, Laselva, no Motonline ou diretamente comigo - autografado, hehehe)

 

Livro
Fala Tite, seu mala! Hehehe. A venda do livro é apenas pelo site (para facilitar pagamento e entrega) ou há a possibilidade de um com "Ao Tanaka e seu filho Fernando..."
Abração!
Tanaka
Hahahahaha, tem sim, posso enviar diretamente pra vc autografado e tudo! Basta fazer um depósito identificado com seu nome no Banco Itaú. O Valor de cada livro é R$ 32,00 + R$ 6,00 frete (carta registrada). Depois só esperar uns 5 dias e se divertir! Abraço e obrigado pela enorme ajuda que vocês sempre me deram.

Escapamento 
Tite, porque em quase todas as motos o escapamento é do lado direito, e nos carros quase todos são do lado esquerdo (na visão de quem pilota/dirige)?
André Vanzolin
Hahahaha, André boa pergunta! Motos e cavalos só se montam pelo lado esquerdo. Para evitar encostar a perna no escape na hora de subir colocam o cano incandescente do lado direito. Quanto ao carro, num sei!
 
Suspensão
Tite, seu mala. Lembrando os episódios da Vida Corrida, como o Piloto adquire a capacidade de acertar a suspensão, se deve amolecer ou endurecer ou trocar o amortecedor, etc. E na pilotagem urbana, com motos mais comuns de média cilindrada (no meu caso uma Bandit 650), quais as reações da moto para identificarmos se devemos endurecer ou amolecer a suspensão e mesmo identificar se é a frente ou a traseira? Como descobrir se a moto pode ser melhorada ou ela chegou no limite da pilotagem? Isso tudo vem com a experiência e tentativa e erro ou podemos tabelar algumas reações básicas?
Claudinei Cordiolli
 
Claudião. Existe um tal de SAG que é uma medida para avaliar o quanto a moto precisa ser alterada em função do seu peso. Tudo começa no SAG. Mas nem adianta tentar fazer isso sozinho, porque exige uma tabela que só os especialistas em suspensão têm. Basicamente é o seguinte: motos são feitas para pessoas de 1,70m e 70 kg. A regulagem padrão da suspensão é criada para este biótipo. Quem estiver mais de 20% acima ou abaixo desse padrão precisa trabalhar na regulagem com ajuda de um especialista para evitar ficar pior do que antes.
 
Nas pistas o piloto acerta a suspensão primeiro pela sensibilidade adquirida com a experiência. Mesmo assim existem formas de avaliar o trabalho da suspensão medindo a temperatura e a forma de desgaste dos pneus, por exemplo. Um truque muito simples é colocar uma daquelas abraçadeiras tipo tire-up nos tubos penetrantes das bengalas. Quando a suspensão afunda essa abraçadeira ficará em uma determinada posição. Com isso você consegue medir o afundamento da suspensão e se precisa mexer em alguma coisa. É um tema tão complexo que na Itália existe uma universidade só de suspensão para preparadores de carros e motos.  
 
Os sintomas de suspensão desregulada são:
 
Suspensão mole: atingir o fim de curso nas frenagens ou valetas (dianteira) com facilidade. Atingir fim de curso quando passa em lombada/valeta na traseira. A moto balança demais nas curvas de alta ou mesmo na reta em alta velocidade.
 
Suspensão dura: a moto pula demais em qualquer irregularidade (mas veja tb se os pneus estão calibrados corretamente). O pneu dianteiro derrapa facilmente nas curvas.
Pegue o manual e leia o capítulo regulagem de suspensão na página 22 que lá tem muitas dicas. Aliás, no Manual da Bandit escreveram "ajuste da suspenção" (sic). Acho que falta um ajuste na ortographia!
 
Qual?
Caro Tite. Em primeiro lugar, muito obrigado pelo auxílio prestado todos estes anos, muitas vezes gratuitamente a nós motociclistas responsáveis e a mim especialmente, apaixonado por motos. O negócio é o seguinte: Estou trabalhando na área comercial de minha empresa e utilizo minha moto, uma CBX 250 Twister pra me deslocar até os clientes. Moro em Goiânia e, apesar das ruas daqui não serem tão esburacadas assim (mas tem uns buracos que dão medo), tava pensando em trocar por uma moto trail (Tornado, Lander) ou mesmo uma Motard (XTZ 250x), para enfrentar melhor as ondulações do asfalto e as possíveis armadilhas (buracos). Talvez, essa dúvida seja a de outros internaturas com motite também. Obrigado por continuar conosco no blog.
Thiago Mariano
 
Thiago, cá pra nós, não compre nada agora porque tem novidade chegando no mercado... Pelo que conheço de GOY eu compraria uma Motard porque tem muitas ruas asfaltadas e cheias de curvonas!
 
E, antes que me esqueça, obrigado nada... olha a primeira carta lá em cima!

 

publicado por motite às 15:45
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Sábado, 16 de Agosto de 2008

Ajudem-me

 

 

Ajudem-me!!!

 
Hoje fui na Bienal do Livro, no Anhembi, em São Paulo e fiquei preocupado. Aliás, a Sociedade Brasileira de Psicologia e Psicanálise deveria ficar ainda mais preocupada porque, a julgar pela quantidade de títulos de auto-ajuda, ninguém mais vai fazer análise. Psicoterapeuta: seu ofício está no fim!
 
Você está com auto-estima baixa? Não sabe ganhar dinheiro? Não sabe conquistar uma garota? Quer se separar? Quer casar? Criar os filhos? Os cachorros? Perdeu o emprego? Tem bilau pequeno? Unha encravada? Pereba? Encosto? Diabetes? Mau hálito? Não sabe chefiar? Nem ser chefiado? Precisa de um emprego decente? Seus filhos são uns pentelhos? Acha sua mãe uma gostosa? Quer cozinhar melhor? Transar melhor? Dirigir melhor? Precisa emagrecer? Engordar? Crescer? Encolher?
 
Seja lá qual for sua necessidade ou angústia existencial a resposta está nos milhares de títulos de auto-ajuda expostos nas livrarias. Não sei como isso tudo começou, mas quando vejo as gôndolas lotadas de livros de auto-ajuda tenho a clara impressão que a humanidade voltou à Idade da Pedra. Ninguém mais sabe como educar os filhos, ter sucesso financeiro, ser um bom chefe ou mesmo dar uma boa e natural transada sem a ajuda de um livro.
 
O que está acontecendo? Quanto mais meios de comunicação e informação a serviço do conhecimento menos as pessoas sabem ser elas mesmas! Abaixo a idiossincrasia, Adeus às vicissitudes! Bem-vindos estereótipos dos humanos-perfeitos talhados na literatura de auto-ajuda. Literatura, coisa nenhuma: manuais! Porque esses livros têm tanta literatura quanto uma bula de remédio. Não sabe criar o filho único? Tome um manual do proprietário de filhos únicos!
 
Essa é boa: tinha um livro ensinando a criar meninos! Isso mesmo, com distinção de sexo. Claro, porque a anta-mãe ou anta-pai não é capaz de perceber a diferença entre menino e menina, precisam de um livro pra ensinar. Isso tem um cheiro de homofobia explícita, mas estava lá, na enésima edição com mais de milhão de exemplares vendidos no mundo e o autor é venerado na Austrália como um gênio.
 
É uma decepção ver para onde está caminhando essa geração de leitores de manuais. Futuramente teremos um exército de filhos com a mesma educação, ou uma enxurrada de livros de auto-ajuda mofando nos sebos do mundo todo.
 
Saí da Bienal com a certeza de que se é verdade que livro de auto-ajuda ajuda, o maior ajudado nessa história é o editor!
 
+          +          +
 
Outra constatação preocupante: 80% dos autores acima dos 40 anos são gordos!!! Caramba, eu terei de engordar pra fazer sucesso como escritor? 

 

 

publicado por motite às 00:31
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