
(Sebastian Vettel, ai meu São Sebastião, vem aí mais um alemão...)
Alguém contou quantas vezes o Galvão repetiu a expressão "o mais jovem piloto a vencer uma prova de Fórmula 1" no GP de Monza? Nunca mais na vida vou esquecer essa efeméride (seja lá o que isso signifique, só gostei da palavra!).
E alguém pode me responder, seriamente, porque toda vez que aparece aquela mensagem "radio" indicando que piloto e equipe conversarão SEMPRE tem alguém na cabine da Globo pra fazer qualquer comentário inútil na mesma hora??? Quem quer ouvir a troca de mensagens na versão original perde toda a graça! Karaka, CALA A BOCA. Até a repórter loirinha insiste em continuar falando sem ninguém dar um toque!
Parece as entrevistas coletivas depois da corrida. O piloto fala uma coisa e o nosso tradutor diz outra.
E a gentileza voltou ao mundo chovinista da F-1:
- Ops, desculpe, eu te ultrapassei mas não foi por mal, tome a sua posição de volta. Não fica de mal di mim!
Pusta coisa mais coxinha! devolver ultrapassagem me lembra um trabalho do antropólogo Claude Levis Strauss que veio ao alto Xingu e viu os brancos ensinando futebol com os índios. Só tinha um problema: cada vez que um time fazia um gol o outro deixava empatar de propósito porque na cultura nativa não havia o conceito de vitória e derrota.
Agora a F1 vive momentos de romantismo selvagem: "ah, fiquei com dó de ter te passado, pode me passar de volta".
Se já inventaram o "meio-vencedor" que ganha só dois pontos a mais que o segundo colocado, agora criaram a política da "meia-ultrapassagem"
Essa F1 já foi séria...