Segunda-feira, 28 de Julho de 2008

O expert e o esperto

As palavras são parecidas. Inclusive é um dos falsos cognatos da língua inglesa. Muita gente confunde expert (experiente) com esperto (na verdade smart, em inglês). Algumas pessoas são mais espertas que outras e conseguem até passar a imagem de experts em um determinado assunto. Outros são extremamente experientes, mas não conseguem se posicionar com esperteza.

 
Essa é a síntese da minha curta e enriquecedora experiência vivida – e encerrada dia 21 de julho – na redação da revista Maxim, da editora Escala, onde fiquei 3 meses como editor-chefe.
 
Depois de praticamente desenvolver o produto, formar equipe, contatar colabores ao redor do mundo, criar pautas e passar quase 12 horas por dia de segunda a sábado percebi que minha experiência como jornalista não seria suficiente para editar uma revista dessa natureza. Sobretudo quando a esperteza tem de superar a experiência.
 
Para completar, o curso SpeedMaster de Pilotagem – que existe desde 1997 – e minha atividade de instrutor de montanhismo na Pedra Bela Vista (Socorro-SP) estavam exigindo minha dedicação quase todos os finais de semana. Na hora de colocar na balança as perdas e ganhos ao me desligar quase integralmente do mundo das motos percebi que as perdas estavam sendo maiores.
 
Agradeço demais a confiança e oportunidade que a Editora Escala depositou em mim e retribuí deixando uma edição e uma equipe bem afinada. A edição 01 chegará às bancas dia 5 de agosto (não perca!) e palpitem à vontade.
 
Pretendo continuar colaborando com a Editora Escala e especialmente com a Maxim, uma revista que tem tudo pra dar certo tanto no Brasil, assim como em todos os países nos quais ela circula.
 
Você se surpreenderá com o conteúdo editorial e a qualidade das imagens.
 
Foi um grande aprendizado, mas não posso jogar 30 anos de história e experiência pela janela em nome de um desafio. Só não defini ainda se voltarei ao jornalismo especializado em motos. Isso ainda terei de estudar para não cometer (mais) erros.
 
Como diz a filosofia budista: a sabedoria vem da experiência; e a experiência vem dos erros que cometemos!
 
(quem mais gostou da minha volta ao home-office é a Valentina, ela passa o dia todo aqui no meu pé, tomando sol. Essa cachorra é uma figura!
 
(Valentina, minha fiel leitora - @ foto:tite)
 
+          +          +
 
(Caramba! É muito Fusca - Foto@Tite)
 
FUSCAMANIA
Neste último domingo fui a Interlagos ver de perto o Encontro Nacional de Fuscas e mergulhei de cabeça no meu passado automobilístico! Foi um encontro super colorido e divertido. Nada a ver com alguns encontros de veículos clássicos que eu costumava freqüentar. O Fusca é um caso de amor de quase toda uma geração. Quando vejo um Fusca tenho certeza de que é o único carro do mundo que sorri!
 
Revivi alguns dos meus mais secretos e despirocados momentos como motorista. Minha família teve uns 5 ou 6 Fuscas – confesso que não lembro. Começou com um 1300 de 1969 que meu irmão destruiu numa batida e eu tive minha primeira experiência de quase morte ao ver o Fusquinha rodar como um pião, subir na calçada, quase capotar e parar milagrosamente com as quatro patas pra baixo.
 
Meu pai comprou um Fusca 1500 amarelo. Isso mesmo, amarelo gemada! Tinha rodas cromadas, tala larga e era tão discreto quanto um porteiro de circo. Assim que ele chegou com o carro em casa fui numa loja na avenida Faria Lima, chamada Paulistano, e pedi pra instalar um volante esportivo tão pequeno que parecia um registro. E instalei também um espelho retrovisor Grand Prix, igual de F1. Cada vez que tinha de manobrar o carro minha mãe me xingava por causa do maldito volante pesado!
 
(amor pelo Fusca não tem idade - Foto@Tite)
 
Depois tivemos outro Fusca 1500 azul calcinha de virgem. Esse eu resolvi limpar as velas. Saquei as 4 velas, lixei, limpei e coloquei de volta. Mas quem disse que eu lembrava a ordem dos cachimbos. O carro não pegava nem por reza ao santo Expedito e só com a chegada do mecânico as coisas voltaram ao normal. Nunca mais abri aquele capô do motor!
 
Tudo isso eu tinha menos de 15 anos! Mas já dirigia o Fusca desde os 12 anos...
 
Antes de dirigir eu lembro de descer a serra de Santos no Fusca do meu vizinho, Eduardinho. Só que naquela época de absoluto desconhecimento das regras básicas de segurança, eu e meu vizinho abríamos o berreiro pra viajar naquele compartimento de bagagem atrás do banco traseiro. Se algum caminhão perdesse o freio e estampasse a traseira daquele Fusquinha 1966 eu e meu vizinho seríamos espremidos como um tubo de pasta de dente.
 
Bom, essas histórias e muitas outras estarão em um novo projeto que estou desenvolvendo com a Editora Escala para breve – mas ainda é segredo!
 
(pode reparar: esse carro está sorrindo! Foto@Tite)
 
 
(Fuscas raros e conservados - foto@Tite)
 
 
 
tags: , , ,
publicado por motite às 17:09
link | comentar | ver comentários (7) | favorito

.mais sobre mim


. ver perfil

. seguir perfil

. 14 seguidores

.Procura aqui

.Setembro 2024

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30

.Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

.posts recentes

. O expert e o esperto

.arquivos

. Setembro 2024

. Junho 2024

. Fevereiro 2024

. Janeiro 2024

. Dezembro 2023

. Novembro 2023

. Outubro 2023

. Julho 2023

. Maio 2023

. Janeiro 2023

. Novembro 2022

. Agosto 2022

. Julho 2022

. Junho 2022

. Maio 2022

. Janeiro 2022

. Dezembro 2021

. Novembro 2021

. Outubro 2021

. Agosto 2021

. Julho 2021

. Junho 2021

. Maio 2021

. Abril 2021

. Março 2021

. Fevereiro 2021

. Janeiro 2021

. Dezembro 2020

. Novembro 2020

. Outubro 2020

. Setembro 2020

. Agosto 2020

. Julho 2020

. Junho 2020

. Maio 2020

. Abril 2020

. Março 2020

. Fevereiro 2020

. Julho 2019

. Junho 2019

. Março 2019

. Junho 2018

. Abril 2018

. Dezembro 2017

. Novembro 2017

. Outubro 2017

. Setembro 2017

. Agosto 2017

. Julho 2017

. Maio 2017

. Abril 2017

. Março 2017

. Fevereiro 2017

. Janeiro 2017

. Dezembro 2016

. Novembro 2016

. Outubro 2016

. Setembro 2016

. Julho 2016

. Junho 2016

. Maio 2016

. Abril 2016

. Março 2016

. Fevereiro 2016

. Janeiro 2016

. Dezembro 2015

. Novembro 2015

. Outubro 2015

. Agosto 2015

. Julho 2015

. Junho 2015

. Maio 2015

. Fevereiro 2015

. Janeiro 2015

. Dezembro 2014

. Novembro 2014

. Outubro 2014

. Setembro 2014

. Agosto 2014

. Julho 2014

. Junho 2014

. Maio 2014

. Março 2014

. Janeiro 2014

. Dezembro 2013

. Novembro 2013

. Outubro 2013

. Julho 2013

. Junho 2013

. Fevereiro 2013

. Janeiro 2013

. Dezembro 2012

. Novembro 2012

. Outubro 2012

. Setembro 2012

. Agosto 2012

. Julho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Outubro 2009

. Setembro 2009

. Agosto 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Fevereiro 2009

. Janeiro 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Outubro 2008

. Setembro 2008

. Agosto 2008

. Julho 2008

. Junho 2008

.tags

. todas as tags

blogs SAPO

.subscrever feeds