Vencer corrida exige estratégia, foi isso que a Ducati fez na Espanha! (Fotos: MotoGP.com)
Ducati domina GP da Espanha
Dobradinha com Jack Miller e Pecco Bagnaia levam a marca italiana ao topo
Tudo fazia parecer que o francês Fabio Quartararo (Yamaha) venceria mais uma etapa (a tarceira) e sairia do GP da Espanha ainda mais líder na categoria rainha da MotoGP. O roteiro foi muito bem elaborado: ele fez a pole-position, largou mal, recuperou, assumiu a liderança e colocou 1,7 segundo de vantagem sobre o segundo colocado Jack Miller (Ducati). Mas na metade da prova o rendimento do Quartararo foi piorando, começou a ser ultrapassado por quase todo mundo e terminou a prova em um inexplicável 13º lugar. Na Moto 2 vitória do experiente italiano Fabio Di Giannantonio (Gresini); na Moto3 outro show do espanhol sensação Pedro Acosta (KTM) e na MotoE o brasileiro Eric Granado caiu quando liderava, deixando a vitória no colo do italiano Alessandro Zaccone (Pramac).
Festa do Jack: piloto australiano voltou a vencer e convencer!
O nome em inglês é “arm pump”, quando os antebraços ficam endurecidos pelo esforço excessivo. Além da dor, as mãos perdem sensibilidade e a capacidade preênsil. Também conhecida como síndrome compartimental, ataca pilotos de moto, tanto de velocidade quanto de motocross. Foi essa reação que fez Fabio Quartararo perder uma vitória certeira em Jerez da La Frontera e despencar para a 13a posição. Um golpe duro para este jovem francês que venceu duas etapas em seguida. Após a chegada o mundo viu pela câmera on-board o choro dele, que sabia que seu futuro dependia de resolver um problema físico.
Conheço bem esse problema porque eu mesmo vivi isso na minha última temporada de motovelocidade, em 1999. O problema é maior no antebraço direito, por causa dos comandos de freio dianteiro e acelerador, os mais usados nas provas. Depois de 10 voltas eu não sentia mais a mão e não conseguia controlar a frenagem. Perdia mais de meio segundo por volta e qualquer chance de vitória. No meu caso a moto era uma Honda RS 125 que pesava apenas 60 kg, então eu conseguia relaxar nas retas, abrir a mão e fazer circular o sangue, mas numa MotoGP isso é impossível. Imagino o sofrimento do Quartararo, mas a equipe deveria saber disso e exigir a cirurgia para corrigir. A maioria dos pilotos de motocross fazem essa correção e resolve!
Melhor para a Ducati que conseguiu uma dobradinha nas mãos do esforçado australiano Jack Miller, escoltado por Pecco Bagnaia, que assumiu a liderança do mundial na categoria MotoGP. O italino Franco Morbidelli (Yamaha) conseguiu um excelente terceiro lugar, seguindo uma série de resultados convincentes. Olho nele em 2021, porque dos pilotos Yamaha é o mais bem preparado física e mentalmente.
Grande resultado pra Bagnaia, que lidera o mundial!
A etapa espanhola também marcou a segunda participação do espanhol Marc Márquez (Honda). O piloto teve uma queda no treino, mas não comprometeu fisicamente. Marcou o 13º tempo atrás dos seus companheiros de equipe Pol Espargaró e Stefan Bradl. Na corrida as posições se inverteram e Márquez foi o piloto oficial Honda mais bem colocado, em nono lugar. Depois da corrida ele declarou que sentia dores em todo o corpo. Mas que estava achando o ritmo. Acredito que até a metade da temporada vamos ver o fenômeno disputando as primeiras posições.
É cada vez mais melancólica a situação de Valentino Rossi. O italiano multicampeão mundial não consegue encontrar um ritmo veloz na sua Yamaha. Largou na 17a posição e não passou disso na corrida, terminando na mesma posição. Para piorar viu seu companheiro de equipe, Franco Morbidelli subir ao pódio. Se eu fosse o manager dele aconselharia a sair fora agora. O contrato dele permite parar quando bem entender. Acho que chegou a hora.
Em uma corrida sem muita emoção, destaque para Takaaki Nakagami (Honda) que largou em quinto e terminou em quarto, colado em Morbidelli. Foi o piloto Honda mais bem colocado. Numa equipe satélite, o que fica ainda mais evidente que as Honda oficiais não acharam o ritmo vitorioso.
A fera à solta: ainda falta um pouquinho de preparo físico para Marc Marquez.
Parece que depois do ano esquisito de 2020, o mundial de Motovelocidade começa a voltar ao normal, sem os resultados inesperados do ano passado. A Suzuki parece ter perdido o desenvolvimento, enquanto a Aprilia subiu muito de rendimento, mais acertada e repetiu seu melhor resultado com Aleix Espargaró, terminando no sexto lugar, depois de ocupar a quarta posição por muitas voltas.
A tabela ficou mais equilibrada, com Bagnaia liderando apenas dois pontos à frente de Quartararo, que disse em entrevista coletiva não saber qual será seu futuro na categoria. Na verdade a síndrome compartimental pode ser tratada com cirurgia. Mas deveria ter sido feita antes de a temporada começar, claro. Agora é tarde demais.
Di Gianantonio era só alegria depois de uma vitória tranquila!
Moto 2, um baile de Digia
Depois de zerar na etapa de Portugal, o inglês Sam Lowes (Marc VDS) parece que esfriou a cabeça a fez uma corrida bem controlada, visando o máximo de pontos. Soube esperar o momento de atacar e controlar os adversários, especialmente o estreante Raul Fernandez (KTM), o italiano Marco Bezzecchi e o australiano Remy Gardner (KTM).
A meta foi comprida à risca e Lowes conseguiu um ótimo terceiro lugar, atrás de Bezzecchi e do vencedor Fabio Di Gianantonio (Gresini). Digia fez uma corrida perfeita, abrindo mais de dois segundos de vantagem sobre os demais, o que é uma enormidade na motovelocidade. Gardner terminou em quarto e passou a liderar a categoria com três pontos a mais sobre Lowes, em segundo, e Raul Fernandez em terceiro com 63 pontos.
Quem segura esse moleque? Pedro Acosta, 16 anos, é fenomenal!
Moto3, histórica
Ninguém mais duvida que o espanhol Pedro Acosta (KTM) é a sensação da temporada. Pela primeira vez em 73 anos de existência da motovelocidade nenhum outro piloto estreante tinha alcançado quatro vezes o pódio nas quatro primeiras corridas. A forma como ele partiu do 13º lugar para chegar na liderança foi tão limpa, calma e precisa que já pode se considerar um artista e absoluto favorito ao título.
A corrida foi a emoção de sempre. O turco Denis Oncu (KTM) teve a chance de conquistar a primeira vitória, mas nas últimas curvas da última volta errou e acabou levando Jaume Masia (KTM) e Darryn Binder (Honda) juntos. Com essa lambança o segundo lugar caiu no colo de Romano Fenatti (Husqvarna) e o terceiro lugar ficou para Jeremy Alcoba (Honda).
Agora Pedro Acosta, de apenas 16 anos, lidera o mundial com 95 pontos dos 100 possíveis e três vitórias consecutivas. Sim, ele já é comparado a fenômenos como Marc Márquez e Valentino Rossi.
Eric Granado: é só esfriar a cabeça e engolir esses caras todos!
MotoE, quase Eric
Emoção não faltou na abertura do mundial de MotoE. Para nós, brasileiros, era esperado um show do paulista Eric Granado (One Energy) porque ele foi sempre o mais rápido nos treinos desde as seções pré-temporada. Na Espanha fez a pole-position com três décimos de vantagem, o que é uma eternidade nesta categoria. Mas veio a corrida!
As corridas da MotoE são curtas, apenas oito voltas, por isso não permitem erros. Eric largou bem, estava na liderança, mas errou. Caiu, voltou pra pista e terminou em 13º. Deixou o caminho livre para a vitória apertada do italiano Alessandro Zaccone (Pramac), seguido do veterano Dominique Aegerter (Dynavolt) e do campeão de 2020, Jordi Torres (Pons Racing). Se fizer tudo calculado como no ano passado, Torres já é o favorito para 2021!
Depois da corrida Eric admitiu o erro e prometeu se controlar nas próximas. Ninguém dentro do circuito mundial da motovelocidade tem dúvidas quanto à capacidade e velocidade do brasileiro. Só precisa um pequeno ajuste fino no temperamento para ser imbatível nesta categoria.
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