A roda da vez
Pronto. Parece que de tempos em tempos os meios de comunicação precisam eleger um tema para ser a “bola da vez”. Se tem um assunto que, tal qual a bola de bilhar, vira e mexe volta à pauta é “a-questão-dos-motoqueiros”! Especialistas em coisa alguma adoram eleger a moto como tema para espancar quando falta assunto.
Estamos prestes a viver duas grandes atrocidades contra motociclistas. Em São Paulo os especialistas nada especializados estão estudando acabar com as moto-faixas porque não reduziu o número de acidentes com motos na cidade.
Pára tudo! Não reduziu o número de acidentes com motos em Capão Bonito então vamos retirar a moto-faixa da avenida Sumaré? Se contar para um estrangeiro é capaz de passar por louco varrido.
Isso me lembra um velho professor de estatística que sempre fazia questão de afirmar que o resultado de uma pesquisa séria pode ser tão flexível quanto o interesse de quem banca a pesquisa. Felizmente tínhamos no currículo outra matéria da faculdade chamada Ética!
Outra paulada no mercado de motos vem daquelas idéias de vereadores, deputados e outros representantes desta espécime homo-politicus que tem necessidade vital de criar projetos de lei às centenas, independentemente da seriedade e validade. Um dos mais recentes quer condicionar a venda de motocicletas à obrigatoriedade de habilitação. Em outras palavras: só pode comprar motos quem for habilitado.
Para nenhum outro veículo motorizado, seja aéreo, terrestre, aquático é exigida habilitação para adquirir o bem. Pode-se comprar avião, helicóptero, barco a vela, navio, trator, caminhão ou ônibus sem comprovar a habilitação. Mas querem exigir isso das motos!!! Quando um determinado segmento da sociedade é tratado com notada diferença, sob o ponto de vista depreciativo, dá-se o nome de preconceito. Mas quandos e trata de motos dá-se o nome de resolver “a-questão-dos-motoqueiros”.
Você pode até estar pensando “pô, isso é bom, afinal tem muito motociclista sem carta se acidentando pelas ruas”.
Primeiro temos de fazer uma severa a imporante distinção entre “habilitação” e “habilidade”. Se depender do atual sistema de habilitação de motociclistas nem seria necessário exigir coisa alguma, porque ninguém sai da moto-escola sabendo pilotar nem carrinho de super-mercado. Tanto faz se a vítima tem um documento de habilitação ou não. Este pequeno pedaço de papel não faz milagres. Não basta guardar a CNH no bolso para milagrosamente se tornar um motociclista hábil. Além disso mais de 50% de cartas que são literalmente vendidas!
Se a “questão-dos-motoqueiros” passa pela falta de habilitação o problema é de SEGURANÇA PÚBLICA. O que precisa é FISCALIZAR e punir severamente quem não cumpre a lei. Mais uma vez vemos o Estado transferindo seus problemas para o cidadão e passando um atestado de falência administrativa! É como se o Estado viesse a público confessar: “Olha, minha gente, não temos contingente nem vontade política de resolver a ‘questão-dos-motoqueiros’, por isso vamos transferir esta batata quente pra vocês”.
Juro que não tenho mais esperança de mudar esse quadro de preconceito com relação aos motociclistas. Parece uma batalha perdida. Pior que a mídia geral, não especializada, cai nesta armadilha e comete verdadeiras campanhas difamatórias e preconceituosas. Claro que nenhum destes órgãos de imprensa se preocupam em mostrar soluções, mas apenas apontar “a-questão-dos-motoqueiros”.
Aguarde: dias piores virão!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. Prostatite parte 10: a vo...
. Prostatite 9: uma separaç...
. Prostatite parte 7: Começ...
. Prostatite parte 6: a hor...
. Prostatite 5: Sex and the...
. Prostatite 4: você tem me...
. Prostatite 3: então, qual...
. Prostatite parte 2: sobre...
. Prostatite: como é a vida...