As palavras são parecidas. Inclusive é um dos falsos cognatos da língua inglesa. Muita gente confunde expert (experiente) com esperto (na verdade smart, em inglês). Algumas pessoas são mais espertas que outras e conseguem até passar a imagem de experts em um determinado assunto. Outros são extremamente experientes, mas não conseguem se posicionar com esperteza.
Essa é a síntese da minha curta e enriquecedora experiência vivida – e encerrada dia 21 de julho – na redação da revista Maxim, da editora Escala, onde fiquei 3 meses como editor-chefe.
Depois de praticamente desenvolver o produto, formar equipe, contatar colabores ao redor do mundo, criar pautas e passar quase 12 horas por dia de segunda a sábado percebi que minha experiência como jornalista não seria suficiente para editar uma revista dessa natureza. Sobretudo quando a esperteza tem de superar a experiência.
Para completar, o curso SpeedMaster de Pilotagem – que existe desde 1997 – e minha atividade de instrutor de montanhismo na Pedra Bela Vista (Socorro-SP) estavam exigindo minha dedicação quase todos os finais de semana. Na hora de colocar na balança as perdas e ganhos ao me desligar quase integralmente do mundo das motos percebi que as perdas estavam sendo maiores.
Agradeço demais a confiança e oportunidade que a Editora Escala depositou em mim e retribuí deixando uma edição e uma equipe bem afinada. A edição 01 chegará às bancas dia 5 de agosto (não perca!) e palpitem à vontade.
Pretendo continuar colaborando com a Editora Escala e especialmente com a Maxim, uma revista que tem tudo pra dar certo tanto no Brasil, assim como em todos os países nos quais ela circula.
Você se surpreenderá com o conteúdo editorial e a qualidade das imagens.
Foi um grande aprendizado, mas não posso jogar 30 anos de história e experiência pela janela em nome de um desafio. Só não defini ainda se voltarei ao jornalismo especializado em motos. Isso ainda terei de estudar para não cometer (mais) erros.
Como diz a filosofia budista: a sabedoria vem da experiência; e a experiência vem dos erros que cometemos!
(quem mais gostou da minha volta ao home-office é a Valentina, ela passa o dia todo aqui no meu pé, tomando sol. Essa cachorra é uma figura!
(Valentina, minha fiel leitora - @ foto:tite)
+ + +
FUSCAMANIA
Neste último domingo fui a Interlagos ver de perto o Encontro Nacional de Fuscas e mergulhei de cabeça no meu passado automobilístico! Foi um encontro super colorido e divertido. Nada a ver com alguns encontros de veículos clássicos que eu costumava freqüentar. O Fusca é um caso de amor de quase toda uma geração. Quando vejo um Fusca tenho certeza de que é o único carro do mundo que sorri!
Revivi alguns dos meus mais secretos e despirocados momentos como motorista. Minha família teve uns 5 ou 6 Fuscas – confesso que não lembro. Começou com um 1300 de 1969 que meu irmão destruiu numa batida e eu tive minha primeira experiência de quase morte ao ver o Fusquinha rodar como um pião, subir na calçada, quase capotar e parar milagrosamente com as quatro patas pra baixo.
Meu pai comprou um Fusca 1500 amarelo. Isso mesmo, amarelo gemada! Tinha rodas cromadas, tala larga e era tão discreto quanto um porteiro de circo. Assim que ele chegou com o carro em casa fui numa loja na avenida Faria Lima, chamada Paulistano, e pedi pra instalar um volante esportivo tão pequeno que parecia um registro. E instalei também um espelho retrovisor Grand Prix, igual de F1. Cada vez que tinha de manobrar o carro minha mãe me xingava por causa do maldito volante pesado!
Depois tivemos outro Fusca 1500 azul calcinha de virgem. Esse eu resolvi limpar as velas. Saquei as 4 velas, lixei, limpei e coloquei de volta. Mas quem disse que eu lembrava a ordem dos cachimbos. O carro não pegava nem por reza ao santo Expedito e só com a chegada do mecânico as coisas voltaram ao normal. Nunca mais abri aquele capô do motor!
Tudo isso eu tinha menos de 15 anos! Mas já dirigia o Fusca desde os 12 anos...
Antes de dirigir eu lembro de descer a serra de Santos no Fusca do meu vizinho, Eduardinho. Só que naquela época de absoluto desconhecimento das regras básicas de segurança, eu e meu vizinho abríamos o berreiro pra viajar naquele compartimento de bagagem atrás do banco traseiro. Se algum caminhão perdesse o freio e estampasse a traseira daquele Fusquinha 1966 eu e meu vizinho seríamos espremidos como um tubo de pasta de dente.
Bom, essas histórias e muitas outras estarão em um novo projeto que estou desenvolvendo com a Editora Escala para breve – mas ainda é segredo!
(pode reparar: esse carro está sorrindo!
Foto@Tite)
De Waliton a 29 de Julho de 2008
GRANDE TITE!
PRIMEIRAMENTE BOA SORTE NESSA SUA NOVA JORNADA DE HOME OFFICE...VC ANDA BASTANTE NÔMADE POR ESSES TEMPOS HEIM...HEHE...BEM...BOA SORTE A VC QUALQUER QUE SEJA SUA DECISÃO.
____________________________________________
MEU PAI SEMPRE DISSE QUE FUSCA É "O CARRO"......TANTO É QUE EM 1993, NA NOSSA ÚNICA MUDANÇA (PELO MENOS A ÚNICA QUE ME LEMBRO....HEHHE), MEU PAI FEZ A PROEZA DE COLOCAR INCRÍVEIS 14 PESSOAS DENTRO DE UM FUSQUETA....ISSO MESMO...14 PESSOAS POR 300 KM DENTRO DE UM FUSCA....A CADA MEIA HORA ERA UMA PARADA PARA DAR "AQUELA" ESTICADA.
NA ÉPOCA EU TINHA 5 ANOS E ME LEMBRO QUE VIEMOS EU E MEU PRIMO NOS PÉS DA MINHA MÃE, QUE ESTAVA NO BANCO DA FRENTE COM MINHA IRMÃ NO COLO.....NEM ME PERGUNTE COMO ESTAVAM AS COISAS LÁ PARA TRÁS, AFINAL EU TINHA APENAS 5 ANOS E AQUILO TUDO ESTAVA SENDO A MAIOR DIVERSÃO E UM TANTO QUANTO DOLORIDO TBM, MAS ISSO EU TIREI DE LETRA......HEHEHEHEH.....
HOJE EM DIA TENHO DÓ DAQUELE FUSQUINHA, QUE DE RISONHO NAUM TEVE NADA NAQUELA VIAJEM.....MAS ACREDITO QUE ELE DEVE TER ABERTO UM BELO SORRISO AO CHEGARMOS AO NOSSO DESTINO....HEHEHEHEH
abraços
De Adalberto a 29 de Julho de 2008
Tite boa sorte nas suas novas (velhas?) empreitadas.
Espero que tome a decisao que lhe convier.
De Maurício Baisch a 29 de Julho de 2008
"Doc" Tite. Por coincidência recebi hoje seu livro, e fiquei espantado com a variedade de assuntos dos seus contos, mesmo tendo a moto como eixo central. Seria muito triste que nós ficássemos sem ler seus textos (além dos textículos do blog, é claro). Tomara que a revista mantenha o rumo que certamente você bem traçou.
Com o livro, ganhei direito a uma perguntinha; que máquina fotográfica você usa e que lentes?
Um grande abraço,
Maurício
De
motite a 30 de Julho de 2008
Maurpicio, eu sempre fui Canonzeiro, minhas cÃmeras são Canon, mas desde a era digital eu uso uma Power Shot de lente fixa e apenas 4MB.
Na era do celulóide eu usava uma Canon A1-N muito linda e profissional, pena que nao vale mais nada!
De Maurício Baisch a 31 de Julho de 2008
Muito legal, Doc....eu demorei a perceber que suas fotos eram realmente SUAS fotos, e fiquei ainda mais impressionado. Um apena que as máquinas analógicas tenham perdido praticamente todo seu valor. :)
De Célio a 2 de Agosto de 2008
Tite,
Boa sorte! Quem curte moto com certeza curte o seu trabalho e se não curte é pq não o conhece ainda.
De Ligeirinho - Ouro Preto - MG a 6 de Agosto de 2008
Grande DOC TITE,
primeiramente parabéns pela primeira edição da MAXIM, pena que você não lembrou de mim para te ajudar a selecionar as fotos e a modelo...rsrsrs
Agora gostaria de deixar o meu apoio para você, que é um cara super dedicado em tudo que faz e fez, e que nessa nova ou velha empreitada o CARA lá de cima te proteja e ilumine as suas idéias.
Encerrando, você não respondeu mais meus e-mails para trazer você para Ouro Preto, então novamente pergunto: VOCÊ DÁ? E QUANTO É?
kkkkk
Um grande e fraterno abraço ,
Fernando Jr. - Ligeirinho
Ouro Preto - MG
Comentar post