(Paga e não bufa!)
Caros leitores, hoje vou dar um tempo das motos pra escrever sobre grana. Mais especificamente sobre as prestações de serviço aos motoristas. Depois de muita resistência decidi adquirir o serviço “Sem Parar” das concessionárias. Só fiz isso para fugir das filas nos pedágios e dos estacionamentos de shopping, aeroporto etc.
Não sou muito de frequentar shoppings, mas é sempre um saco pegar fila por qualquer coisa. Por isso achei que o benefício de me livrar das filas seria bem maior do que os R$ 10 investidos mensalmente pela assinatura do sistema.
Logo na primeira vez que usei achei ótimo: nada de filas, zum, passei direto! Também usei no aeroporto de Congonhas e graças ao sistema consegui pegar um vôo que julgava já perdido. No shopping é melhor ainda: entra e sai sem mexer na carteira ou pegar filas.
Até que percebi uma enorme falha no sistema: o serviço é atrelado a um VEÍCULO e não a uma pessoa. É uma prestação de serviço que só vale para UM carro! Seja qual for a justificativa da prestadora de serviço é óbvio que está errado! Quem paga pelo serviço é uma PESSOA e não um veículo! É como eu comprar um serviço de banda larga e só poder ser usado em UM computador.
Mas estamos no Lisarb, aquele país onde tudo funciona ao contrário. Neste lugar enigmático carros novos são submetidos a inspeção veicular, mas carros com mais de 20 anos rodam livremente, poluindo, quebrando e ainda são beneficiados por uma placa preta, que dispensa até pagamento de taxas administrativas. Um país que permite o trânsito de ônibus e caminhões a diesel, velhos, desregulados, mas investigam os carros e motos novos, com motor moderno e de baixíssima emissão de poluentes.
Aqui em Lisarb do avesso a telefonia celular era como este serviço Sem Parar: o sujeito adquiria um serviço e seu aparelho de celular só podia funcionar com aquela operadora, mesmo que fosse a pior, mais embrulhona e tecnicamente incapaz. Aí, quando queria mudar de operadora tinha de comprar outro aparelho de celular! Maravilha dos fabricantes...
Foi preciso abrir concorrência com operadoras de visão mais honesta para que se derrubasse essa condição de “fidelidade”.
Agora sinto que este sistema Sem Parar parte da mesmo princípio de fidelidade. Você paga pelo sistema para usar apenas em UM veículo e pronto! Se a sua família tem dois ou três carros é obrigado a adquirir duas ou três assinaturas para cada um ter direito ao sistema, mesmo que só será usado em UM carro de cada vez.
Pior ainda a minha situação: raramente viajo com meu carro, porque uso carros alugados ou cedidos pelas fábricas. Aí pago pelo serviço, mas tenho de pegar fila do mesmo jeito... é óbvio que está errado!
Em alguns países da Europa, como Portugal, o serviço de transponder em pedágios é atrelado à pessoa física ou jurídica. O usuário adquire o serviço e pode usar em mais de um veículo. E nós ainda fazemos piadas com eles...
Se existe alguma teoria minimamente sensata para o atual sistema de fidelidade do “Sem Parar” juro que gostaria de conhecer. Por enquanto prefiro acreditar que, mais uma vez, os lisarbianos foram engambelados pela sanha arrecadadora das concessionárias, sem falar na enorme possibilidade de haver algo muito sujo e corrompido nesta prestação de serviço exclusiva a UMA operadora.
Ah, acabo de ler no meu manual que se eu quiser usar o TAG (transponder) em outro carro é muito “simples”: basta substituir o TAG em qualquer ponto de venda, claro, mediante o pagamento de uma taxa. E se tiver mais de três veículos a operadora concede a gentileza de um desconto na taxa de manutenção... quanta generosidade!
Juro que ainda sonho com o dia em que Lisarb voltará a ser Brasil.
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