
*Publicado originariamente em março de 2000
Mais um teste das antigas. Dessa vez a eleita foi a Hayabusa, uma moto que se tornou símbolo de velocidade. O desenho nunca foi uma unanimidade e não permite meio-termo: ou adoram, ou odeiam. Eu estou no segundo time e tive um ataque de riso dentro de um avião, voltando dos Estados Unidos ao ler um artigo na Cycle World no qual o autor declarava a Hayabusa como uma das motos mais feias já fabricadas no mundo! Como motociclista brasileiro é tudo doido, as revistas não podem publicar um depoimento desse tipo. Mas eu posso! E digo mais: ela fica ainda mais feia quando é instalada aquela rabeta horrorosa, eliminando o assento do garupa, que deixa a moto parecida com um corcunda! Eu diria que pilotar uma Hayabusa é como usar peruca: quem tem acha que ficou lindão, mas quem está de fora tem vontade de chorar!
Raia do absurdo
Com velocidade máxima de 320 km/h, a Suzuki Hayabusa chega ao limite do inimaginável
* Fotos: Luca Bassani
A SUZUKI GSX-R 1300 TEM o nome de batismo inspirado em uma ave de rapina: o falcão hayabusa. Segundo os ornitólogos, esta é a ave mais veloz do mundo e sua refeição predileta são outras aves. Quer dizer: o departamento de marketing da Suzuki batizou essa moto de Hayabusa querendo dar a entender que ela e mais veloz e vai devorar a Honda Blackbird - pássaro preto em inglês. O pior (para a Honda) é que conseguiram.
Existe uma cultura estranha entre os motociclistas. A velocidade é a característica mais importante para julgar o nível de sedução de uma moto. Isso explica essa disputa pela moto de série mais veloz do mundo. E vem mais por aí, porque a Kawasaki já preparou a ZX-12 Ninja, que promete ser ainda mais veloz. Segundo fontes oficiais, ela até agora não foi lançada porque era preciso desenvolver rodas e pneus de medidas absurdas.

Como é andar de moto a 300 km/h? E mais ou menos como ser sugado por um gigantesco aspirador de pó. A visão periférica fica tão apertada quanto num canudo, a respiração quase pára, o som do vento no capacete fica tão alto - apesar da carenagem - que o ronco do motor vai sumindo e preciso controlar as rotações pelo conta-giros. O medo deixa de ser uma sensação imaginária e torna-se bem real e presente. Não dá para evitar pensamentos como “e se quebrar esta roda?”. Para fugir desse tipo de temor, volto minha mente para as características desta deliciosa Supersport Touring.
Eletrônica
Para receber o cetro de moto mais veloz do mundo, a Suzuki produziu um motor de quatro cilindros em linha, refrigerado a líquido, com 1.298 cc, que desenvolve potência de 172,6 cavalos a 9.800 rpm. Sua principal característica é a fluidez, também conhecida como distribuição de potência, capaz de levar o motor, em sexta marcha, dos 2.000 até 11.500 rpm sem sinais de indecisão. Outra faceta deste propulsor é a rapidez com que sobe de giros, como se fosse um motor dois tempos. Traduzindo: é um motor agradável que dá muito prazer de pilotar, tanto numa pista como nas ruas.
Volto o pensamento para dentro da carenagem. Esta Suzuki tem um estilo bem particular. Dizer se é feia ou bonita é um julgamento que deixo para você, leitor, mas posso adiantar que ela foi inteiramente desenvolvida em túnel de vento, recebendo um estudo aerodinâmico voltado para altas velocidades.
Felizmente pude comprovar isso na prática, porque mesmo acima de 300 km/h a frente fica tão presa ao chão que parece estar caminhando sobre trilhos. A preocupação com a penetração aerodinâmica tem mais uma finalidade: melhorar o sistema de alimentação. O ar é captado na frente da carenagem, ao lado dos piscas, e pressurizado por meio de tubos até a caixa de filtro de ar sob o tanque. Quanto maior for a velocidade de passagem do ar, melhor será a respiração do motor, resultando em mais potência.
Para colocar as tomadas de ar no ponto de maior pressão aerodinâmica, foi preciso criar um farol de formato esquisito, que deixou a Hayabusa com cara de ciclope.As lâmpadas alógenas com lentes de aumento fazem muito bem o papel de iluminar o caminho. A eletrônica está presente na alimentação e ignição, tudo gerenciado por uma central que "lê" parâmetros climáticos e do motor para injetar a quantidade ideal de mistura em cada cilindro e na hora certa. Cada cabo das velas conta com uma bobina integrada. Aliás, este sistema está cada vez mais comum nas motos esportivas.
Doce delírio
Não sei quanto tempo fiquei acima de 300 km/h, porque a noção de tempo fica esmaecida, mas chegou a momento de frear. O que existe de mais potente em termos de freios está instalado na Hayabusa: São dois discos enormes de 320 mm na frente, mordidos por pinças de três pistões contrapostos. Na traseira, apenas um disco simples, pois o freio posterior e pouco usado nessas grandes e pesadas (215 kg) esportivas.

A suspensão dianteira é por garfo invertido. Esta tecnologia funciona muito bem nas pistas, onde o asfalto é liso como um carpete, mas para uma moto de uso urbano-estradeiro isso representa respostas muito rápidas dos amortecedores. O sacrifício de parte do conforto é largamente compensado na hora que chegam as curvas. É difícil fazer comparações porque as motos - assim como os carros - estão cada dia mais parecidas, mas posso garantir que a Suzuki Hayabusa apresenta-se um pouco mais estável que sua concorrente direta, a Honda Blackbird. A líder mundial preferiu investir mais no conforto.
Pode-se pilotar a Hayabusa como se fosse uma esportiva, e isso ficou evidente quando fomos para Interlagos fazer as fotos. Nas primeiras passagens até me assustei com a facilidade com que ela reage prontamente aos comandos e abusei da largura do pneu traseiro (190/50-17). Na saída da curva, adiantei o ponto de aceleração até sentir a traseira escorregar e recuperar a aderência. Fiz isso várias vezes para ver se o fotógrafo conseguiria registrar uma derrapagem controlada. Mas o juízo recomendou parar com essas brincadeiras - afinal, estava montado num brinquedo de R$ 33.900 e não me lembrava de o pessoal da Suzuki ter comentado qualquer coisa sobre seguro!

Com uma geometria de suspensão e ciclística impecáveis, a Hayabusa consegue a proeza de dispensar o amortecedor de direção. Pode-se acelerar com vontade que a frente fica lá, quietinha da silva ... E quando escrevo acelerar, isso significa fazer de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos! Mesmo com todo esse desempenho, a Hayabusa é econômica, chegando a fazer até 18 km/litro.
Quanto a pilotar a 300 km/h, resta apenas uma perguntinha: para que uma moto que corre tanto se a Policia Rodoviária espalhou radares por tudo que e estrada?
Ficha Técnica
Motor
Tipo: 4 cilindros em linha, 4 tempos, injeção eletrônica, refrigeração líquida, 1.298 cc, gasolina.
Potencia: 172,6 cv a 9.800 rpm
Torque: 14,1 kgf.m a 7.000 rpm
Transmissão: por corrente, seis marchas
Suspensão
Dianteira - Garfo invertido regulável
Traseira - Monoamortecedor regulável
Freios
Dianteiro – Duplo disco, 320 mm
Traseiro – Disco simples, 240 mm
Pneus (radiais)
Dianteiro – 120/70-17
Traseiro – 190/50-17
Dimensões
Comprimento – 2.140 mm
Largura – 740 mm
Altura – 1.155 mm
Entreeixos – 1.485 mm
Altura do banco – 805 mm
Peso – 215 kg
Preço – R$ 33.900
De Alexandre Penna a 4 de Março de 2009
Fala Tite!!!
Voce simplesmente andou nas duas motos mais velozes e cobiçadas do mundo na epoca, bahhhhhh. Deve ter sido muito legal, pena que durou pouco... Pena que hoje em dia as revista nacionais tão uma bo..... Tem uma nova que lambe tamto as motos testadas que dá até nojo, ve-se que não tem nada de profissionalismo lá (entenda-se por isso que deve-se passar a informação de forma honesta e imparcial, mas isto pelo jeito ficou proibido)
Abração! Ah, avisa quando for pra socorro que eu vou querer me iniciar na escalaa!
Penna
De Andre a 5 de Março de 2009
Eu tenho umaaaaaaaa......no papel de parede do meu computador :(
De Péricles a 5 de Março de 2009
Você é f*... costumo ler os posts de beixo pra cima pra não estragar a surpresa do mais recente e não é que você já respondeu a pergunta que fiz do comentário do post anterior?? Caraca, onde está essa eficiência na imprensa de hoje??
Cara, que delícia deve ter sido pilotar essas duas maravilhas da velocidade e o melhor, num parque de diversões como Interlagos!
Abraço.
De Vinicius Vedovatto a 5 de Março de 2009
R$33,900 Tempos bons no ano 2000...
De Carlos a 6 de Março de 2009
Fala Tide to no Japao e ja vi e senti o que ela anda eu de carrro a 180 ela me passou e o ar''cortado" parecia de um caminhao,imagino agora oque vc sentiu ...abraco
De Gusta a 6 de Março de 2009
Fala Tite, posta ali - quando tiver tempo e saco, claro - os testes das grandes "dakarianas" de antanhos....tipo Africa Twin, Big Boss (S.Teneré já publicou) e outras maravilhas fora de estrada, pois as adoro. abraço!
De Felippe Franco a 6 de Março de 2009
Como é bom ler os testes do Tite
Estava com Saudades já.
De Octavio Tostes a 7 de Março de 2009
Caro Tite,
o "caro" vai por conta do que o Nelson Rodrigues dizia dos leitores, uns "desconhecidos íntimos". E pela admiração pelos seus textos, primeiro em revistas, depois no Motonline e, agora, nesse Motite (excelente título).
Caramba, que falta fazem seus textos claros, bem escritos, bem-humorados e, sobretudo, consistentes na informação técnica, mecânica.
Foi ótimo te reencontrar. O Motite já está na minha pasta de Blogs, nos Favoritos. É o segundo em ordem de funcionalidade. O primeiro é o do Luís Nassif, favorito também por admiração profissional e primeiro na lista por dever de ofício (também sou jornalista, como vc e ele). E como eu ainda preciso reservar mais tempo para trabalhar do que para andar de moto (ao contrário do que gostaria), leio o Nassif como profisional do ramo lê o jornal do dia. Mas vou dar uma sapeada (não é SAPO, sistema o blog?) pelo menos uma vez por dia no Motite para continuar aprendendo com vc.
Parabéns pelo "Alma Selvagem". Queria comprar mas o Lokinho me deu de presente quando comprei na loja dele um relógio e uns adesivos pra minha Shadow 750 2007. Que já virou uma Varadero - motaça, cara. Lembro do seu teste. "Grande, muito grande".
Grande abraço, sucesso, ótimas viagens e, agora que vc até emagreceu para virar "lagartixa" profissional, altas escaladas. Literalmente.
De
motite a 7 de Março de 2009
Pow, Oc, agora que vc está com uma moto de verdade, que tal fazer um curso de pilotagem??? Vamos abrir cursos para donos de motos big-trail.
De Octavio a 8 de Março de 2009
Ô, Tite.
Obrigado pela resposta.
E vc chegou justamente onde eu queria chegar.
Desde que soube do Speedmaster, e até que a sua DR 650 se chama Speedmaster em homenagem ao curso, que esotu pensando em fazer. Quero mesmo.
Entro no site para me informar?
Eu estava pensando com que moto podia fazer o curso. Pensei até em fazer com a minha CB 400 1982. História incrível, cara. Comprei essa moto em 1987 de um fotógrafo daqui de SP, o Edu Simões, com quem eu havia trabalhado, aqui em SP, na Istoé. Mas quando comprei eu já havia voltado para o Rio (sou de lá, voltei em 94, e desde então virei um carioca transplantado na Paulicéia). A CB foi de caminhão de SP para o Rio (na época não me sentia com preparo para encarar a Dutra) e um amigo meu, ex-motoqueiro da Globo (os caras saíam feito uns doidos para levar as fitas de onde estivessem as equipes até a emissora). pegou no subúrbio do Rio. Fiz um curso de moto-escola e comecei a andar (Já sabia, mas até então só havia andado nas antigas 50tinhas da Honda, lembra?). Dez anos depois, em 97, vendi a CB para esse mesmo amigo que foi buscar a moto no subúrbio. E agora, em 2008, num rolo de amigo, vendi para ele uma XT 660 e peguei a CB de volta como parte do pagemnto. Está inteira mas precisa dum trato - colocar banco original, reativar o painel e trocar o guidão de custom por um original. Tanque também. Mas de máquina, tá boa, motor sequinho (sem vazamento). Rodas, pára-lama dianteiro e espelhos originais, o famoso Metagal. Tô pensando até em colocar a bichinha num dinamômetro, ver quanto os anos de batente roubaram de potência dela e devolvê-los todos num trabalho de recuperação. Cheguei a pensar em fazer o Speedmaster com ela e, depois, dar esse acerto.
Mas essa possibilidade de fazer o curso de Big Trail aí já melhora tudo.
Em tempo: agora eu praticamente só vou ao Rio de Varadero - muito melhor do que de avião ou de carro. E a Dutra tá um tapete em quase toda a extensão.
Mais uma vez, obrigado pela atenção e entrarei em contato.
Abs,
P.S. Concordo com vc - entre a Shadow e a Varadero, a Varadero é moto de verdade. Mas, confesso: tenho também, no coração, uma porção Custom. E oscilo entre a Shadow (ficou invocada na versão injetada e com grafismos mais ousados), a Boulevard 800 (na minha opinião bem melhor que a 1.500), a Harley, claro, Fat Boy ou aquela - esqueci o nome agora - que é Harley com desenho da Porsche, uma custom pra lá de invocada.
Lembro de uma matéria sua e de outra do Paulo Couto te citando. Na sua matéia, vc falava que chegou a ter 6 motos na garagem. E o Paulo disse que a melhor são duas. Concordo com vc, depende do uso. O ideal seria uma pro dia-a-dia, outra para grandes viagens, outra para passeios curtos, uma para estrada de chão e outra para enrolar o cabo. No meu caso, essa seria uma naked. Esportivas, com todo o respeito aos Jaspions, não me fazem a cabeça - talvez, bem provável, por medo. (Mas pra ter todas essas, precisa ser milionário - e eu sou só jornalista).
Abraços motociclísticos,
De
motite a 8 de Março de 2009
Caraca, Oc, vc gosta de escrever...
Olha, sobre o curso trate comigo mesmo: geraldo@speedmaster.com.br
não precisa ser milionário para ter duas motos: uma Biz usada custa menos do que o seguro de uma motona e vc roda a semana toda. No final de semana curta a Varadero!
De Octavio a 9 de Março de 2009
Vlw, Doc, obrigado.
Vou entrar em contato.
Vc falou da Biz, fui no Escolha II e caí no link "A melhor moto do mundo". Excelente.
E... escrever, não sei. Mas falar de moto, adoro. É "motite" em alto grau.
Abraço,
Oc
De Ronaldo ARRIGHI a 8 de Março de 2009
Pôis é...
Quando do lançamento da XX Super Black Bird, foi um auê, muita especulação e expectativa e, principalmente, blá blá blá.
Preferi aguardar pelo vosso veredito na época, para munir-me de informações relevantes e fidedígnas. Ao deparar-me com algumas XX pelas estradas, acabei por frustrar-me.
Frustrei-me pelo seguinte motivo: na época eu era o então "feliz" proprietário de uma Suzi GSX-R1100W de 1993 e confrontando a novidade nas estradas (de maneira muito errada diga-se de passagem mas, tô curado dessa disfunção) nunca uma XX foi páreo para a minha Suzi 1100W. Despachei literalmente TODAS as que comigo alinharam, seja em retas em curvas ou tudo isso junto.
Ai começaram os rumores sobre uma nova Suzuki de 1300 c.c., injetada, advinda de um projeto refinado em túnel de vento, etc, etc.
Novamente aguardei pela sua valiosa análise.
Apoiado então nesse arsenal informatívo por você oferecido, estava eu tranquilamente trafegando pela Rodovia dos Imigrantes à velocidade de 190 km/h por volta de uma 16h00 e numa dessas "olhadelas" nos retrovisores, percebi um ínfimo ponto luminoso meio desfocado.
Girei um pouco mais a roldana do acelerador, alcancei os 240 km/h e dei mais uma "pescoçada" pensando eu, ter apagado o tal ponto no retrovisor mas, estranhamente lá estava ele agora mais nítido.
Preocupei-me.
Então dei o resto de motor que tinha. Ao atingir 290 km/h pensei em buscar novamente o posicionamento do ponto mas, não foi necessário. Ele agora convertera-se em um mais desfocado ainda ponto luminoso VERMELHO, gerado pela lanterna traseira da novidade Suzuki GSX-R1300 com escapes originais, retrovisores abertos e uma linda placa de fundo azul, que literalmente sumiu à minha frente mais rápido que pensamento. Como já estava quase alcançando os 300 km/h, resolvi arremeter.
E olha que a minha Suzuki possuía quatro em um completo Yoshimura, elemento de filtro de ar mais livre (não lembro a marca), carburação adequada para a "finalidade" proposta e outras "cositas" mais.
Resumindo,...
Tomei pau.
Mas foi lindo ver aquela Busa passar como um flash por mim, à velocidade em que eu me encontrava.
Quase quis possuir uma... QUASE.
Abraço cara.
Você consegue fazer-nos reviver emoções valorosas como os seus textos.
De
motite a 8 de Março de 2009
Ronaldo
Com certeza essas Blackbirds que vc encontrou na estrada estavam muito mal PILOTADAS, porque eu já cruzei com algumas GSX-R 1100W nas estradas e todas ficaram na saudades... com a XX!
Claro que guardadas às devidas proporções da sensatez. Nunca induzi ninguém a acelerar e até evito estes confrontos, mas quando são motociclistas do mesmo nível todo mundo se conhece e sabe dos limites de cada um.
Tudo depende daquela interface que vai do guidão às pedaleiras da moto, chamada piloto! Em Interlagos tinha um cara, apelidadado de XX, que nadava de braçada com aquela moto e engolia as Srad. Não confie nos testes de estrada, o fator humano interfere demais nesse tipo de análise.
De Ronaldo ARRIGHI a 9 de Março de 2009
Tite, com relação as Black Birds na estrada serem mal pilotadas na época, você esta certo em gênero, número e grau. A começar pelo posicionamento, vestimentas e caacetes.
Quanto ao "XX", Welington "XX", eu o conheci, e chegamos até a nos tornar amigos naquela época. Inclusive, a XX dele, alem de ter algumas adequações inseridas para melhorar a performance em pista, tinha de mais curioso o fato de ele ter eliminado o freio trazeiro devido ao dual cbs orginal do modelo.
Inclusive, a minha iniciação em competições no paulista de motovelô foi muito incentivada por ele, que sempre repetia em Racing Days:
"- Ignorante!!! Você tem que andar em dia de corrida, racing day ficou pequeno pra você. Tem muito prego, muito inexperiente. JÉÉÉÉSUIS."
Da XX ele foi pra R6 que foi do Cerciari, e baixou ainda mais o próprio tempo.
Ele e o Nenad, na época, formavam uma dupla ótima de instrutores de uma das extintas escolas de pilotagem de então.
Foram bons tempos.
Cara, não sei o que era mais temerário.
Ver o "XX" andando em racing days com sua XX e virando seus 1:53 alto com cones e pilotos inexperientes na pista, ou encontrá-lo no "TRECHO" (Amparo/ Morungaba/Serra Negra) no interior paulista com a mesma moto citada, dando pau nos "jaspions" de então com suas esportivas reluzentes e recém lançadas, exalando técnologia de ponta.
Abraços ai, meu velho.
De Rodolpho a 9 de Março de 2009
Preço: 33 mil reais.... Hahahahah! Bons tempos!
Comentar post