Eu era assim...
Falando em 250 lembrei de um episódio profissional que causou um baita quiprocó. Quando a Yamaha apresentou a Fazer 250, no salão da moto em novembro 2005 fiz um teste no qual apontava críticas e elogios, aliás como devem ser todas as avaliações. Só que a fábrica viu apenas as críticas, o que é esperado, já que raramente fabricantes perdem tempo elogiando algum trabalho jornalístico.
... e fiquei assim
O que me surpreendeu não foi a reação da Yamaha, mas do público! Pasme, mas até hoje tem gente que me acusa de “hondeiro”, manipulado, corrompido etc por causa daquela avaliação.
Os pontos criticados foram: rodas de raios curvos, feias e antiquadas; painel horroroso; barra do garupa de ferro, medonha; freio traseiro a tambor, escapamento e as linhas arredondadas antiquadas. Bom, depois de seis longos anos a Yamaha mexeu na Fazer 250 e lançou a versão 2011. Sabe o que mudou: rodas de raios retos; painel bem mais moderno, com visor digital; barra do garupa de alumínio; freio traseiro a disco, escapamento e linhas retas, entre outras coisas.
Naquela época a fábrica me acusou de não entender nada de motos. E agora? Quem não entende mesmo?
Fala sério, já viu painel mais feio?
Melhorou pacas!
Ô escapezinho furreca
Melhorou muito...
Tudo de bão: pequena, leve e feita para jovens
Honda lança no exterior uma 250 esportiva para enlouquecer os jovens
Pelos dados mais recentes de vendas, as duas esportivas de 250cc do mercado, Kasinski Comet e Kawasaki Ninja atingiram juntas cerca de 7.500 unidades vendidas de janeiro a outubro de 2010. Não dá pra chamar de um mercado grande, sobretudo se levar em conta que as duas versões da Honda CB 300 bateram a casa das 22.300 unidades e da Yamaha Fazer chegaram a 29.000. Mas o mercado brasileiro de motos é um dos que mais cresce no mundo. Se deixar a Ásia e Índia de lado, é o mercado com maior potencial de crescimento e todas as fábricas estão virando a artilharia para cá.
Por isso o lançamento na Europa de uma versão esportiva de 250cc em 2011 pode vir parar em terras brasileiras. A chegada da Kawasaki Ninja 250 já fez derrubar o preço da Kasinski Comet, antes sozinha neste segmento. Na verdade não derrubou, apenas colocou mais perto da realidade. O público já mostrou que existe espaço para uma 250 esportiva para usuários que querem fugir da imagem de motoboys. Mais o dólar perdendo força e os consumidores da Europa e EUA perdendo poder de compra é mais do que natural que muitas novidades antes dedicadas ao hemisfério norte cheguem ao Brasil ainda em 2011.
A começar por esta Honda CBR 250, carenada, com motor de um cilindro, quatro tempos, arrefecido a líquido, quatro válvulas e injeção eletrônica. Alguém poderia imaginar que não seria páreo para os motores de dois cilindros das concorrentes Ninja e Comet, mas o público mais ligado em competições já percebeu que este motor tem muito potencial. Em 2012 a categoria 125cc do mundial de motovelocidade será substituída pela Moto3, equipadas com motores 250cc quatro tempos e câmbio de seis marchas. E adivinha qual conjunto de motor e câmbio? É este mesmo desta 250 recém-lançada. A potência declarada é até alta para o motor de um cilindro: 27 cv a 8.500 rpm. Qualquer preparador com mínimo de conhecimento pode fazer chegar aos 35 cv com folga. Basta lembrar que motores arrefecidos a líquido têm mais potencial de preparação do que um arrefecido a ar.
Outros detalhes que chamam atenção são o painel multifuncional com instrumentos digitais, freios a disco, quadro tubular e cores inspiradas na linha CBR 1000. Além da força da marca Honda estampada nas laterais.
E mais...
Outras novidades que podem aterrissar por aqui:
Suzuki GSR 750 – Mais uma vez é o alvo é a Kawasaki. O sucesso da Z750, que recebeu freios ABS para 2011, tirou o sono das concorrentes e fez renascer a mítica cilindrada 750. A Suzuki lançou sua naked 750, com motor de quatro cilindros em linha derivado da esportiva GSX-R devidamente “civilizado” para privilegiar as médias rotações. O desenho ficou tão próximo da Kawasaki que é fornecido um cobre banco do garupa para deixá-la monolugar. Seguindo a tendência, os freios têm opção de ABS e o quadro é simples, tubular de aço. O que dá o toque de esportividade é a suspensão dianteira invertida e os enormes freios a disco.
Mais uma na canela da Kawasaki: vai brigar com a Z 750
Triumph – Pelada mesmo é a Triumph Speed Triple, considerada a mais pelada da categoria. A receita do motor de três cilindros em linha e quadro tubular assimétrico deu tão certo que as únicas mudanças para 2011 foram nos faróis, que ganharam contornos amendoados e nos freios, com opção de ABS. O motor de 1.050 cc ganhou mais potência, saltando de 128 para 135 cv, o que a coloca mais próxima das 1.000 nakeds atuais.
Outro modelo novo da Triumph que pode chegar em nosso mercado é a Tiger. Nascida para ser uma big-trail, aos poucos foi se tornando mais dedicada ao bom e liso asfalto. Agora o motor de três cilindros em linha passou por um processo de downsizing, que reduziu o tamanho passando de 900 para 800, mas ganhou eficiência, com potência de 98 cv. O número 800cc foi proposital para brigar diretamente com as BMW 800. Tanto que a Triumph não só fez o desenho muito parecido com o da marca alemã, como também passou a fornecer duas versões: a básica, com rodas de liga leve e aro dianteiro de 19 polegadas, própria pra asfalto e outra chamada da XC, com rodas raiadas e aro dianteiro de 21 polegadas para rodar na terra.
Ducati – O nome Diavel significa diabo no dialeto bolonhês. No Brasil isso já causou confusão com a Pirelli por causa do nome “City Demon”, principalmente com o público evangélico. Na católica Itália “diabo” está mais voltado a algo divertido. Ao olhar para esta Ducati Diavel, criada para brigar na categoria street fighter (guerreira de rua), nota-se alguma semelhança com a Harley-Davidson 1200 Sport, especialmente pelos escapamentos. O motor escolhido para esta diabólica é o esportivo 1.198cc, de dois cilindros em L, que chega a 162 cv. Sem proteção aerodinâmica vai ser duro segurar o guidão desta italiana, porque deve passar fácil de 250 km/h. O painel é bem futurista, com todas as informações em displays de cristal líquido e o piloto poderá escolher o módulo de injeção que preferir: sport, touring e urban. O estilo é bem diferente, com banco tipo monolugar, balança traseira bem longa e quase ausência de pára-lama traseiro. É melhor não usá-la na chuva!
Novidades à milanesa
No Salão de Milão as novidades que podem até aparecer por aqui!
O mês de novembro foi pródigo em novidades no setor de motos. Primeiro foi Salão do Automóvel que revelou discretamente as Honda Transalp e VFR 1200. Agora é a vez do Salão de Milão, onde pipocaram mais novidades da marca da asa, além de várias outras que também podem aportar por aqui. Os dois grandes segredos guardados a sete-chaves são a Crosstourer 1200 e a CBR 600F, que voltou ao mercado depois de alguns anos de sumiço.
Para nós, brasileiros, a moto mais importante é esta CBR 600F porque é totalmente adequada ao nosso mercado e pode aparecer por aqui em 2011, sem tirar a Hornet de circulação. A grande característica é a carenagem integral, com visual esportivo, porém com motor e posição de pilotagem mais adequados ao uso na estrada.
Para entender esta moto é preciso lembrar que toda moda é cíclica. Não só nas roupas, mas também nos veículos. Quando a Honda começou a deixar a sua 600 quatro cilindros cada vez mais esportiva, em 2003, pode até ter atraído o consumidor jovem e sedento de desempenho. Mas para quem quer apenas passear sem se sentir um piloto profissional deixou a Hornet, outro sucesso, mas que não tem proteção aerodinâmica. A moda “naked” (nua) durou bastante, mas aos poucos essas motos peladas começaram a ganhar roupa. Foi assim com a Suzuki Bandit 650, depois com a Yamaha FJ 600 e agora é a vez de a Honda cobrir sua 600 com um traje esportivo.
A primeira CBR 600F apareceu em 1987 e tornou-se um sucesso de vendas em vários mercados porque era uma esportiva fácil de pilotar, com motor dócil e até algum conforto. A nova CBR 600F 2011 apresentada no Salão de Milão é esportiva, confortável e com motor dócil, fácil de pilotar. Uma volta ao passado com estilo!
O motor é o mesmo da Hornet, com quatro cilindros em linha, arrefecido a líquido, 16 válvulas e injeção eletrônica, super compacto. A proposta é entregar a potência de 102 cv de forma mais suave, com ajuda também de um quadro monotrave de alumínio, estável nas curvas e frenagens, sem comprometer o conforto para piloto e garupa. Os semi-guidões foram colocados em uma posição mais alta para deixar a posição de pilotagem mais ereta. É uma tendência que está cada vez mais presente na busca por mais “pilotabilidade”.
Outra aposta da Honda é na tecnologia de freio combinado. Está cada vez mais claro que as motos da marca caminham para ter apenas um comando de freio, como nos automóveis. Algo só possível em motos graças a microprocessadores cada vez menores e mais velozes. Esta CBR 600F tem o freio ABS com Dual CBS. O brasileiro já conhece esta tecnologia que está na Honda CB 300.
Não foi por acaso que o desenvolvimento desta esportiva foi feito na Honda da Itália, pelo projetista Valerio Aileo. Segundo ele, a ideia foi “criar uma moto entre a categoria supersport e naked que agradasse usuários dos dois segmentos”. Uma das preocupações foi fazer um modelo compacto (apenas 1.437 mm de distância entre-eixos) e fácil de pilotar. A altura do banco ao solo é de 800 mm, quase a mesma da Hornet. Aliás, muitos itens são comuns nas duas, como a suspensão dianteira invertida e mesmas medidas de pneus. Realmente é uma Hornet carenada.
Uma das sacadas do Valerio Aileo foi criar uma bolsa que encaixa no banco do garupa, servindo como um prático porta-objetos. E para quando não tiver quem levar na garupa, é fornecida também uma capa de plástico para deixar a moto com visual monoposto. O projetista justifica afirmando que “é uma esportiva para ser usada diariamente e não apenas nos finais de semana”. Outro item curioso é a traseira “limpa” com eliminador de pára-lama já de série. Ou seja, esta CBR 600F até parece uma moto feita com base em tudo que os motociclistas fazem de personalização nas motos.
Para completar o pacote de boas idéias, o painel é moderno, totalmente digital, com todas as informações agrupadas em uma tela de cristal líquido. Agora só nos resta torcer para que realmente este modelo seja incorporado ao line-up da Honda no Brasil.
Ficha Técnica
PREÇO: Não declarado ORIGEM: Itália
MOTOR: quatro cilindros em linha, 16V, 599 cc, alimentado por injeção eletrônica, arrefecido a líquido. Potência máxima de 102 cv (a 12.000 rpm) e torque de 6,5 kgfm (a 10.500 rpm)
TRANSMISSÃO: Câmbio de seis marchas. Secundária por corrente
SUSPENSÃO: Dianteira com garfos telescópicos invertidos e traseira monoamortecida
FREIOS: Dianteiro a duplo disco e traseiro a disco ABS combinado
PNEUS: Dianteiro 120/70-17 e traseiro 180/55-17
DIMENSÕES: 2.150 mm de comprimento, 740 mm de largura, 1.150 mm de altura e 1.437 mm de entre-eixos
PESO: 180 kg
TANQUE: 19 litros
E tem mais por aí
Outras motos engatilhadas para chegar e as que já estão rodando
Honda V4 Crosstourer Concept
Quem olha de repente tem a impressão de estar diante de uma BMW, graças ao porte, ao sistema de transmissão por cardã, rodas raiadas, pára-lama dianteiro alto e enormes bolsas laterais. Mas trata-se de uma Honda big trail, criada para ser uma destas motos para dar volta ao mundo. O motor e câmbio automatizado são da VFR 1200FDC, com opção de seleção por botões ou totalmente automático.
O alvo desta nova engolidora de asfalto é a Yamaha Superténéré 1200, lançada no começo do ano e que já está nas estradas da Europa. Para brigar com a eterna rival, a Honda apostou no motor de quatro cilindros em V, que oferece torque alto desde as rotações mais baixas. Uma solução bem bolada são as rodas raiadas semelhantes às da BMW que permitem o uso de pneus sem câmera.
BMW K 1600GT
O motor de seis cilindros em linha é a aposta da BMW para brigar com a mitológica Honda Gold Wing 1800. É a primeira investida da marca em um seis cilindros de 1.649 cc que chega a 160 cavalos. Oferecida em duas versões (GT e GLT) a nova 1600 já chegou com algumas soluções técnicas derivadas da esportiva 1000RR, como o controle de tração e o módulo de injeção programável de acordo com a necessidade (rain, road e dynamic). As suspensões podem ser ajustadas eletronicamente e tem até um sensor que corrige o facho do farol quando a moto recebe o peso extra de uma pessoa na garupa. Os faróis receberam o efeito “angel eyes” que foi criado pela BMW nos carros da marca. Tudo isso tem um preço salgado: R$ 106 mil na versão “básica”.
Ainda da BMW a outra notícia quente é uma nova G 650GS com visual mais parecido com a série F 650/800 GS. É a primeira grande mudança estética neste modelo desde a última versão em 1997.
Utilitária Flex
E chegou ao mercado a Honda CG 150 Fan na versão flexível. Depois de atingir 290.000 unidades vendidas do modelo Titan 150 Flex, chegou a vez da utilitária receber o motor que pode ser movido a etanol e/ou gasolina. Será vendidas em duas versões: ESi, com partida elétrica e ESDi com freio dianteiro a disco. Disponível nas cores vermelha, preta e prata metálica, a CG 150 Fan já está nas concessionárias, ao preço público sugerido de R$ 6.290,00 para a versão ESi e R$ 6.590,00 para a ESDi. Os valores têm como base o de Estado de São Paulo e não incluem frete e seguro. O modelo tem um ano de garantia, sem limite de quilometragem.
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