Sábado, 28 de Junho de 2008

MotoGP ficará igual à F1?

(Casey Stoner. Foto:www.MotoGP.com)

 

 

Poucas motos no grid. Grande vantagem do primeiro colocado. Resultados até certo ponto óbvios. O que aconteceu com a MotoGP em 2008?

 

Depois de quase matar muita gente do coração, a categoria rainha do motociclismo de velocidade está vivendo um momento perigoso. Preocupante, porque o grid está cada vez mais magro e as equipes médias não conseguem se aproximar das grandes. Pode ser reflexo direto da chegada da eletrônica nas motos?

 

Para manter esses sistemas eletrônicos funcionando como se deve a equipe não precisa apenas comprar softwares e hardwares, precisa de técnicos capazes de gerenciá-los a pilotos capazes de interpretar tudo isso. Quando a eletrônica se limitava à injeção de gasolina as equipes eram muito mais equilibradas.

 

Sorte do Stoner, que tem a Ducati a serviço dele e um sistema eletrônico de gerenciamento da moto considerado o melhor de todas as equipes.

 

Mas se a MotoGP está minguada, com 15 pilotos no grid, acorde mais cedo e assista a categoria 250! Karaka, as duas últimas etapas foram de arrepiar. Os vencedores vieram lá de trás, papando todo mundo e fazendo corridas inesquecíveis. Não vou ficar dando muitos detalhes, afinal você está na INTERNET, não está? Então deixa de ser preguiçoso e vá no www.motogp.com e confira resultados, sinopses, vídeos, fotos, dados etc, em vários idiomas.

 

O que me preocupa é que já estão falando em mexer no regulamento da 250 para reforçar o grid da MotoGP. Deixa ver se o lesado aqui entendeu direito: querem arriscar a competitividade da 250 para salvar a 800cc da falência??? Deus do céu! Preparem-se, vem aí cagadas de todas as formas. As categorias 125 e 250 são os alicerces da MotoGP e querem arriscar isso em nome do quê? De encher o grid da 800. Bull shit!

 

Se eu entendesse alguma coisa de motos e competição eu faria outras coisas, como retirar alguns sistemas eletrônicos, principalmente o controle de tração e faria muitos esforços para trazer mais marcas como Aprilia, KTM, BMW, Benelli e MV Agusta.

 

Quanto so GP da Holanda, em Assen, cara, esse Stoner é o diabo louco da Austrália, já reduziu muito o gap em relação aos líderes em apenas duas provas e vai proporcionar um campeonato memorável.

 

Até amanhã!

 

publicado por motite às 15:26
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Sexta Speed Racer

 

(Audi R8 @ Foto by Tite)

 

Blogueiros, a última sexta-feira, dia 27, foi um dia especial. Recebi o convite de um velho amigo, Charles Marzanasco Filho, assessor de imprensa da Audi do Brasil, para participar do Audi Sportscar Experience, uma mistura de test-drive com aula de pilotagem, na pista particular da Fazenda Capuava. Os carros usados no curso eram o R8 da foto acima, com 420 cavalitchos e o TT Coupè (200 little horses).

 

(Audi TT na pista. Foto:Tite)

 

Assim que cheguei dei de cara com outro velho amigo, o ex-piloto Maurízio Sandro Sala, um dos responsáveis por eu ter virado também um piloto de kart nos anos 70. Maurizinho era um dos instrutores e fiquei muito feliz de vê-lo depois de tanto tempo. Ele foi um dos melhores pilotos de kart que já vi, foi bicampeão inglês de F-Ford (1983/84), vice campeão inglês de F-3 em 86 e teria facilmente chegado à F1 não fosse a falta de apoio dos patrocinadoroes brasileiros. Para saber mais sobre ele, digite "Maurizio Sandro Sala" no Google.

 

Vou pular a parte da aula teórica pra não te encher, mas aprendi muito sobre as reações dos atuais esportivos com tração 4x4, sobre a eletrônica embarcada, cãmbio semi-automático, embreagem dupla, etc. Agora entendi porque os atuais pilotos de F1 são magrelos, não se faz mais força pra pilotar!

 

 

(Eu e o R8. Foto:Rodrigo Samy)

 

Também não vou pentelhar você com dados técnicos dos carros. Cáspita, vc está na internet, vá no site da Audi e leia tudo!!!

 

Quero contar o que é acelerar, frear e curvar com um carro de 400 cavalos, tração 4x4 e pneus feitos de chiclete preto.

 

Depois de me enteder com o câmbio do R8 fui fazer o teste de frenagem com desvio para sentir o ABS. A coisa é assim: primeiro, na aceleração a minha cabeça colou no apoio do banco e senti meu estômago embrulhar. Não é tão rápido quanto acelerar uma moto esportiva de 180 cavalos, mas graças aos controles eletrônicos e aos sapatos mega largos, o carro traciona tanto que o cérebro não acompanha. Depois finquei o pé no freio com fúria e ainda virei o volante. Não é que o R8 desvia mesmo!!!

 

(Tá cheio de cavalo! Foto:Tite)

 

Não pudemos rodar livres na pista, mas sempre atrás de um instrutor. Mesmo assim, sem poder acelerar tudo na reta, foi possível sentir o que é um carro esportivo moderno de 420 cv. Ao contrário das motos, esse motor V-8 corta muito cedo, a apenas 7.800 rpm. O que me confundiu um pouco no começo, porque estou acostumado a ver o conta-giros cortara a limites acima de 13.000 rpm. Bom, depois que se acelera uma moto de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos não tem como achar emocionante algo que demora 4,5 segundos pra percorrer a mesma distância.

 

O que me impressionou mesmo foi a atuação dos sistemas eletrônicos de tração e estabilidade. É o que eu chamaria de "idiot-proof" para pilotagem. Fiz de tudo para o R8 sair de frente ou de traseira, mas nada! Parece um autorama!!! Cheguei a frear muito depois do ponto e nada da frente ir embora. Ah, e também não dá pra forçar o contra-esterço na entrada da curva porque a eletrônica percebe que a manobra é estranha e corrige tudo sozinha.

 

A parte engraçada é que existe um botão no painel para "desligar" esse sistema, mas é apenas um truque, porque ele continua funcionando!

 

(painel do R8. Foto:Audi)

 

Falando em painel, cara, isso é um carro esporte: o banco pode ser regulado de todo jeito, pra qualquer tamanho de pangaré. O câmbio é acionado pelas borboletas e como você já sabe, fui criado em motos de corrida e por isso não olho pra nada mais além de conta-giros, por isso não me perguntem sobre velocidades.

 

O curioso desse câmbio borboletudo é que nas reduções o motor dá uma acelerada sozinho, como se fosse um punta-tacco, só que não tem embreagem. Nese cockpit senti falta de uma proteção pro joelho direito, porque na curvas pra esquerda eu apoiava o peso no joelho e depois de um tempo começa a doer...

 

(pode escolher à vontade! Foto:Tite)

 

Depois de curtir o prazer de fincar a bota num esportivo de 550 mil reais (não, não foi o veículo mais caro que pilotei na vida!) chegou a hora de ver como era o Audi TT Coupé.

 

(TT carro do TiTe! Foto:Tite)

 

Já tinha pilotado esse pequenino no kartódromo da Aldeia da Serra, SP, mas é como saltar de asa delta da mesa da cozinha: não deu pra sentir nada!

 

No estreito autódromo de Capuava (em Indaiatuba, SP) esse TT é mais na medida do que o brutal R8. O câmbio também tem opção da borboleta, mas preferi usar no automático, no modo esportivo. Demora pra acostumar, mas depois ele fica previsível. Por ser menor, mais leve e menos potente, o TT é mais desfrutável e aí sim eu me diverti!

 

Também tentei várias vezes colocar o carro de lado nas curvas, mas não vai. Ele corrige tudo sozinho, que saco! Fiquei rezando pra chover, mas nem isso...

 

Com o motor 2.0 de 4 cilindros e 200 cv deu a sensação de ser fraco mesmo (lembre, meu mundo é das motos...). Pelos dados da Audi ele faz de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos. Putz é uma eternidade... E por ter tração dianteira o volante é mais arisco nas saídas de curva.

 

Mesmo sendo muito divertido de pilotar num autódromo curto e estreito, não senti frisson nesse roadster e acho que por R$ 220.000 preferia ter uma Ferrari bem usada. Me deu a sensação de ser um esportivo de quem não gosta de acelerar, embora 200 cv num motor 2.0 não é de se jogar fora, em se tratando de carro, claro, porque as motos esportivas de 1.000 já têm 200 cv efetivos.

 

Chega, senão isso vira um teste... curtam as fotos:

 

(R8: lindo, lindo e lindo! Foto:Tite)

 

(Crepúsculo do R8. Foto:Tite)

 

Pena que acabou...

 

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Não esqueci a continuação da Conspiração, só não deu tempo de editar...

 

 

publicado por motite às 01:44
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Quinta-feira, 26 de Junho de 2008

Loiras

Piadinha retirada da Maxim americana...

 

Uma loira estava a milhão na estrada com seu carro esporte quando foi parada por uma policial feminina - também loira! A oficial chegou na janela da motorista e pediu:

 

-- Por favor, pode me mostrar sua carteira de motorista?

 

E a loira motorista:

 

-- Carteira, humm, que é isso??? Como se parece?

 

-- É uma coisa assim retangular que tem a sua imagem gravada.

 

A motorista loira procurou no porta-luvas e retirou um espelhinho. Olhou, fez cara de feliz e mostrou pra policial.

 

-- Achei! É essa?

 

A policial olhou e não acreditou:

 

-- Caramba! Me desculpe, não tinha notado que você também é policial!

 

 

 

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publicado por motite às 19:08
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Terça-feira, 24 de Junho de 2008

Embalado no purgatório

 

Quando eu tava fazendo o catecismo o padre falou sobre o purgatório. Segundo ele era um lugar que a gente ia pra zerar os pecados. Quem fosse mais pecador passava mais tempo.

 

-- Mas fazendo o quê? perguntei!

 

-- Ah, fazendo o que você mais odeia na vida...

 

Danei-me, pensei, vou passar o purgatório todo abrindo embalagens!!!

 

Isso foi aos 10 anos de idade e minha raiva de embalagem só aumentou depois disso. Cada vez que vou abrir uma embalagem dessas com folha de alumínio - como aqueles tabletinhos de manteiga do restaurante italiano - tenho vontade de matar o cara que encheu aquilo com muita cola.

 

Várias embalagens são simplesmente torturantes. Se a gente faz muita força pra abrir voam todas as bolinhas de chocolate no chão. Se tenta cortar com o dente o saco rasga demais. Haja saco!

 

Aí quando vou pra Zeuropa fico impressionado como as embalagens são fáceis de abrir. Sempre rasgam no picotinho indicado. Aquelas embalagens de plástico moldado a vácuo sempre têm um papel fino por trás, com picote: basta empurrar e a coisa sai de dentro!

 

Aqui no Lisarb, onde tudo é ao contrário, essas embalagens de plástico moldadas são feitas de um material tão duro na frente e no verso que sempre recorro a um canivete. Aqui, o papel nas costas da embalagem é duro, não tem picote pra rasgar no lugar certo e sem auxílio de uma lâmina o lisarbiano fica sem o produto que está dentro. Imagine os idosos!!! que têm menos força nos dedos.

 

As melhores embalagens do mundo são as alemãs. Basta usar as mãos - isso mesmo, essas coisas cheias de dedo no final de cada braço - em qualquer idade e a embalagem se abre sem esforço, sem derramar nada e com precisão de um relojoeiro.

 

Volta pro Lisarb. Fico imaginando o que leva o nêgo responsável pelas embalagens a usar taaannnta cola? Só pode ser pra evitar fraude, violação, contaminação, etc.

 

Corra pro supermercado e pegue qualquer embalagem de plástico de requeijão. Tente tirar a tampa de folha de alumínio INTEIRA, sem rasgar nas beiradas! Se conseguir és um gênio!

 

Eu nem perco tempo: canivete em punho, passo em volta de toda a borda e arranco a p*** fora!

 

Note que estou comentando o lado INDUSTRIAL das embalagens, não o artístico! Admiro quem desenha as embalagens de forma a aguçar nossos sentidos. Dá vontade de cair de cabeça numa caixa bem desenhada de sucrilhos. Mas lá dentro tem um saco de plástico que só se abre com tesoura! Coisa de criança feita pra adulto. Quem nem peito de mulher.

 

Fico imaginando outros purgatórios

 

Ronaldo Fofômeno - será cheio de mulher, mas nenhum travesti! Porque o que ele gosta mesmo é da entrada por trás.

 

Wanderley Luxemburgo - ficará mudo à beira do gramado por vários anos.

 

Daniela Cicarelli - Numa praia paradisíaca, com um bofe, mas cercada de espanhóis com filmadoras.

 

Maluf - terá de fazer várias obras sem gastar um centavo a mais do orçamento.

 

Gilberto Kassab - ficará eternamente cercado de faixas, cartazes e outdoors.

 

Rubinho Barrichello - ficará com o Schumacher grudado nele que nem xipófago.

 

Nélsão Piquetzão - fará vários espetáculos de comédia para uma platéria enorme e ninguém rirá das bobagens ridículas que fala.

 

Galvão Bueno - Ah, esse ficará preso num elevador com a turma do Pânico.

 

Lula - Passará o purgatório todo ao lado do Zé Dirceu e ainda com coceira no ouvido sem poder coçar com o dedinho que ele arrancou deliberadamente pra se aposentar e fazer panfletagem. Claro que o outro dedinho seria arrancado também!

 

Clodovil - Vai virar homem.

 

Xuxa - vai virar gente.

 

Maradona - vai reviver toda sua carreira - e as dos outros!

 

Luciana Gimenez - vai passar décadas de purgatório ao lado de velhos - decrépitos - ídolos do rock sem um comprimido de Viagra.

 

Corínthians - passará todo o purgatório jogando contra o Sport em Recife.

 

Padre Adelir de Carli - voltará pra terra e só isso já será o pior dos purgatórios!

 

+     +     +

 

Quem tiver mais sugestões de purgatório mande!!!

 

 

 

 

 

publicado por motite às 22:21
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Segunda-feira, 23 de Junho de 2008

Questão de peso

Suzuki GSX-R 750: leve, mas cara!

Fuçando nos meus arquivos achei uma matéria técnica que nunca foi publicada e decidi postar aqui pra dividir apenas com meus amigos especiais...

Questão de peso

 A tecnologia conseguiu reduzir tanto o peso das motos que a pergunta mais freqüente é: onde vamos chegar?
 
O peso sempre foi uma questão muito discutida em motos desde os primórdios da industrialização. A equação é muito simples: quanto menos massa tiver o veículo menor será a força necessária para movimentá-lo. A partir dessa simples constatação as fábricas desenvolvem projetos que consigam estabelecer uma correta sincronia entre peso, resistência e preço, sim porque materiais leves muitas vezes significam materiais caros.
 
Tudo começa nessa questão essencial: resistência! A moto se caracteriza por ser um veículo que sofre diversas ações externas de alta intensidade. Basta imaginar um motociclista de 120 kg montado no banco para acreditar na necessidade de uma boa dose de resistência. Para complicar ele ainda leva a namorada de 80 kg na garupa! Depois imagine esses 200 kg em movimento passando por buracos, fazendo curvas e freando. Toda essa massa se deslocando provocará na moto as mais diferentes torções, começando pelas rodas e terminando na espuma do banco! Para dimensionar e projetar uma moto a fábrica precisa levar tudo isso em conta.
 
No começo da industrialização acreditava-se que resistência estava associada à dureza e isso levava à imagens de materiais grossos, duros e... pesados! Algo como um sino de Igreja. A Igreja inteira podia desmoronar em um terremoto, mas o sino ficava lá, inteiro! Sabia-se que o ferro e o aço eram os materiais mais resistentes para construir um veículo como a moto, sujeito a tantas solicitações. Talvez isso explique uma das razões de as primeiras motos de grande cilindrada como 500 ou 1.000 cc terem desempenho limitado. Eram praticamente feitas de ferro!
 
(antigamente, as motos eram praticamente de ferro)
 
A pesquisa com novos materiais trouxe inicialmente as ligas metálicas combinadas, ou a chamada liga-leve. A primeira grande descoberta para reduzir peso foi o alumínio, material leve, de alta resistência às torções, mas baixa resistência impactos. Mas quando misturado a outros metais como magnésio e mesmo aço consegue combinar as três exigências mais elementares: resistência à torção, ao impacto e ao calor!
 
Cristal
O resultado das pesquisas com materiais considerados nobres evoluiu tanto que chegou até nos mais sintéticos como o plástico. Feito a partir de matéria prima sintética o plástico entrou pra valer nas motos a partir do final dos anos 70. No começo era considerado caro por exigir ferramentas de produção sofisticadas, mas a popularização do plástico levou à grande escala e conseqüentemente ao baixo preço. Hoje as motos são feitas basicamente de plástico e ligas leves. O aço entra raramente em peças sujeitas à forte ação do calor, ou passíveis de torções, como o quadro. Quando misturado com ligas nobres como cromo e molibdênio, forma o aço-cromo-molibdênio, com grande capacidade de resistência às torções, mas maleável.
 
O maior desafio da indústria atual é conciliar resistência com elasticidade. As motos esportivas como a Suzuki GSX-R 750 têm quadro de alumínio feito para resistir às severas solicitações de curvas, frenagens e acelerações. Basta imaginar que uma das poucas peças que sem mantém nas motos que disputam o mundial de Superbike e Supersport é o quadro. Ele é o mesmo que equipa as motos esportivas vendidas ao público.
 
Para conseguir segurar a barra de tanto esforço o quadro precisa ser “duro” (além de leve). Mas existe um limite para essa dureza. Veja o cristal: é um material extremamente duro, mas que se quebra facilmente quando submetido a um impacto. O quadro de moto precisa oferecer a resistência, mas ao mesmo tempo precisa ser capaz de permitir alguma leve capacidade de torção para não quebrar ao meio quando a moto cair de leve, por exemplo. Naquelas cenas assustadoras de quedas em corridas é comum ver a moto se dividir em várias partes, porque ela ficou tão dura que se quebra como um cristal.
 
Peso, massa e gravidade
De acordo com a engenharia quando se fala em movimento não devemos usar a expressão peso, mas sim massa. Como já foi possível perceber o peso (ou massa) da moto em movimento tem vital importância porque, ao contrário do automóvel, o componente humano tem um fator determinante. Um piloto de 85 kg montado em uma moto de 170 kg representa 50% da massa do veículo. Já num automóvel de 900 kg o mesmo motorista representa apenas 10% da massa. Por causa dessa imensa diferença as motos são projetadas levando em conta a posição do ser humano em relação à máquina.
 
Nas motos esportivas, tanto de velocidade quanto de cross e enduro as massas precisam ficar concentradas na parte dianteira para dar aderência à roda dianteira. Em competição, seja no asfalto ou na terra, tudo que um piloto precisa é ter a frente colada no chão e com muita precisão. Já a traseira pode (e às vezes deve) derrapar porque é fácil de corrigir. Ao observar uma moto fora-de-estrada nota-se que em algumas o banco chega quase ao guidão! O piloto pode literalmente sentar em cima do tanque de gasolina! A idéia é aumentar o deslocamento de massa para a roda que conta com maior capacidade de frenagem (por isso essas motos têm freios maiores e mais potentes na frente). As motos esportivas têm uma distribuição com 51% de peso no eixo dianteiro e 49% no traseiro.
 
(motocross tem peso concentrado na dianteira)
 
Outra preocupação nas motos esportivas é rebaixar o centro de gravidade. Quanto mais próximo do solo o piloto se posicionar mais baixo será o centro de gravidade. Mas então como explicar que as motos esportivas estão cada vez mais altas? Algumas chegam a mais de 80 cm de altura do banco ao solo! A resposta está na dinâmica da pilotagem. Ao deslocar o banco e as pedaleiras para cima as motos esportivas conseguem inclinar mais nas curvas pois elimina a possibilidade de raspar as pedaleiras no asfalto. E quanto mais o piloto inclina, mais perto ele fica do solo e... quanto mais perto do solo mais baixo será o centro de gravidade. Em suma, as motos esportivas foram projetadas para serem estáveis nas CURVAS! Uma moto estilo racing tem a estabilidade em reta muito frágil, aliás ela é toda feita para fazer curvas!
 
Já nas motos touring (estradeiras), que rodam essencialmente em retas e privilegiam o conforto, a distribuição de pesos é neutra, ou seja, metade pra cada lado. Nessas motos o piloto fica praticamente no centro. Já em uma moto custom, o piloto fica praticamente sentado na suspensão traseira. Percebe-se que a distribuição de peso está concentrada da metade para trás. Por isso os freios traseiros são maiores do que nas motos esportivas.
 
Essa diferença na distribuição de massa tem um papel fundamental na pilotagem. Quem monta em motos esportivas precisa saber que terá de concentrar a frenagem nos freios dianteiros. Já quem roda com motos touring pode distribuir mais força no freio traseiro, dividindo em 50% para cada roda e os usuários de motos custom podem jogar mais responsabilidade para o freio traseiro que a moto pára de forma mais equilibrada, principalmente se tiver com garupa e mais as malas laterais que concentram ainda mais massa na traseira.
 
(moto custom tem peso mais concentrado na traseira)
 
O preço da leveza
Depois e quebrarem a cabeça reduzindo ao máximo o peso da estrutura, as fábricas também passaram a investir na redução do peso do motor. O motor representa uma bela porcentagem da massa total das motos e trabalhar com materiais mais leves, sobretudo nas peças móveis, ainda significa aumentar a rotação e a potência. Quanto menos massa o motor tiver de girar, mais alta pode chegar a rotação e o resultado é melhora da potência e redução do consumo. Só para ter uma idéia de como pode ser um trabalho de reengenharia de um motor, a BMW conseguiu reduzir 30 kg do motor da mais recente versão da R 1200 GS! O resultado é uma moto mais fácil de pilotar, com menos vibração, maior potência e menor consumo! Tirar 5 gramas de um pistão já representa uma grande diferença, principalmente se o motor tiver 4 pistões!
 
O que explica uma moto 250 cc ser mais pesada do que uma outra de 750cc? Está condicionado ao custo. O aço (ou ferro) é a matéria prima mais abundante na natureza e sua extração é relativamente fácil e barata. O ideal seria fazer uma moto 100% de alumínio e plástico, mas o custo seria assustador! A equação custo/benefício determina o uso de materiais menos caros e mais pesados. Algumas soluções intermediárias podem ser adotadas como na Honda Twister 250 que tem chassi tubular de aço, mas a balança traseira de alumínio.
 
Claro que existem motos de 250 cc muito leves, mas quem vai querer pagar em uma 250 quase o mesmo preço de uma 600? Como se vê, tudo é uma questão de peso: seja do material ou da mala de dinheiro!
 
Quando o peso é bom!
Já que todo mundo concorda que as motos precisam ser leves, como explicar motos de mais de 300 kg? Aí entra em cena uma teoria da física conhecido como MRU – Movimento Retilíneo Uniforme. Todo corpo em movimento tende a se manter em movimento quanto maior for a velocidade e a massa. É a primeira lei de Newton: a inércia! As motos touring e custom precisam de estabilidade e conforto em reta. Por isso o piloto fica posicionado bem baixo, perto do solo, rebaixando o centro de gravidade quando a moto está “em pé”. Nesses casos não há uma preocupação tão grande com a redução de peso, pois não é tão determinante no desempenho.
 
Algumas vezes para privilegiar o conforto é preciso adicionar peso. Quanto maiores – e mais pesados - forem os contrapesos do virabrequim menor será a vibração transmitida pelo motor. Por isso quando se fala em massas e pesos toda equação se concentra no objetivo do projeto. Motos rápidas precisam ser leves; motos confortáveis podem ser mais gordinhas.

 

 

publicado por motite às 02:30
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Domingo, 22 de Junho de 2008

Vida corrida - parte III

 

Domingo é dia de corrida!!!

 

Durante 22 anos a semana para mim era aquele intervalo chato e modorrento entre uma corrida e outra. Nos anos 80, quando comecei a correr de enduro, quando não estava em uma competição, estava treinando! Era religioso: todo sábado em cima da moto. Até começar a aumentar de forma preocupante a minha coleção de raio-x de vários ossos do MEU corpo!

 

Só os viciados em corrida entendem o que é isso: acordar às seis da manhã de domingo para pregar na frente da TV e assistir as corridas de MotoGP desde a 125 até a 800cc!

 

Melhor que assistir corrida é... CORRER!!!

 

Sei que fui privilegiado por ter convivido com corridas desde os 6 anos de idade, isso está tão no meu sangue quanto os glóbulos vermelhos.

 

Por isso acho até meio ridículo quando alguém escreve pra mim perguntando "como faço pra começar a correr de moto?", ou "como faço pra virar piloto?"

 

Pow, na boa, quem faz esse tipo de pergunta já pode saber que NUNCA será um piloto. Ser piloto precisa estar tão no DNA da pessoa que ela DESCOBRE por meios próprios, sem perguntar pra ninguém. Primeira coisa: vá a uma corrida! Uma vez lá dentro, observe tudo e pergunte aos PILOTOS quais são os primeiros passos. Se ofereça pra ser mecânico de graça! Não existe UM piloto de sucesso que não saiba mexer em motor, suspensão, freios, etc.

 

Depois do meu primeiro ano de estreante eu mesmo passei a preparar meus motores de kart, freios, ajuste de chassi, etc. Nas motos fora-de-estrada foi a mesma coisa. Só fui contar com preparador profissional quando fui correr de motovelocidade. Isso faz muita diferença.

 

Existem cursos de preparação de motor, de suspensão de tudo. Se alguém quiser ser piloto, primeiro, antes de saber a pilotar, precisa conhecer a máquina de cabo a rabo. Precisa saber para que serve e como se melhora cada item da motocicleta. É um trabalho de relojoeiro suíço, misturado com paciência chinesa.

 

Quem não conhece mecânica não pode interpretar as reações que a moto transmite. Esse é o primeiro passo.

 

Aí nego me escreve, via INTERNET, perguntando "onde tem um curso de mecânica na minha cidade". Dá vontade de mandar pro inferno! Porra, meu amigo cabaço, se vc teve o trabalho de entrar na internet pra me escrever, digite google.com e procure!!!

 

Ah, mais importante, piloto burro nasce morto...

 

(viu como a imprensa prestigiava as minhas corridas de 125 Especial???)

publicado por motite às 12:26
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Sexta-feira, 20 de Junho de 2008

Hay... hay... HAYAbusa

 

 

Assim que você tiver saco, dá uma olhada nas fichas comparativas entre a nova Hayabusa 2008 e a anterior...

 

 

pãtz, ficou pequena pra KCT!

 

publicado por motite às 22:09
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Quinta-feira, 19 de Junho de 2008

O espírito da coisa - parte II

 

 

Uma das maiores surpresas que a Internet me proporcionou foi descobrir realmente QUEM é esta entidade enigmática, abstrata e desconhecida chamada LEITOR!. Depois de 25 anos na mídia impressa me acostumei a conviver com esta entidade sem saber exatamente que cara tinha.

 

Graças do Motonline eu conheci o leitor. Mais que uma figura de linguagem, conheci mesmo, de partar as mãos, olhar nos olhos, abraçar e até baixar na casa deles.

 

Se por um lado me fez abrir novos horizontes na hora de escrever, por outro veio também a constatação de que existem leitores e leitores. Descobri como pensam, como escrevem, como consomem e até como se divertem.

 

E percebi algumas distorções do tipo: "fórum é pra discutir", não importa o que, nem com qual carga de seriedade, o que importa é discutir.

 

Tem os xiitas que partem da filosofia "Tem opinião, sou contra!". O cara é contra até Jesus Cristo. O problema é que esses não têm base científica para julgar.

 

Veja o exemplo da polêmica sobre o centro de gravidade. Surgiram físicos, matemáticos, engenheiros, semi-deuses para mostrar que minha teoria estava errada. Até desencanei e deixei a questão de lado pra cuidar da minha vida...

 

Mas eis que recebo uma ligação do editor da Scientific American - divisão brasileira - a mais respeitada revista técnica do mundo, criada nos anos 40 pedindo para que eu escreva uma matéria de cunho científico sobre a Física aplicada à pilotagem. Veja, não procuraram o engenheiro, o físico, o matemático, nem os chutadores oficiais, procuraram o jornalista que não é físico, nem matemático, nem engenheiro. Simplesmente porque sabem que eu estudo essa matéria chamada pilotagem há mais de 3 décadas.

 

Estou elaborando esse material - que jamais publicarei na Internet - com calma para esgotar esse assunto. Só isso pra animar minha manutenção nesse assunto.

 

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Nos anos 80 eu tinha um grande amigo que amava as motos. Era absolutamente apaixonado por motos, desde esportivas, até fora-de-estrada (menos custom, naturalmente). Depois de algum esforço ele conseguiu entrar em uma grande multinacional de motos como assessor de imprensa. Menos de dois anos depois ele saiu e me confessou:

 

-- É melhor eu sair desse mercado enquanto eu ainda amo as motos, porque se ficar mais tempo certamente passarei a ter RAIVA das motos!

 

É assim que me sinto nesse momento: prefiro ficar um pouco de fora da mídia de motos antes que comece a sentir raiva de tudo!

 

Por enquanto ficarei nesta tarefa menos convencional de editar uma revista de estilo de vida que, entre outras coisas, me obriga a ficar o dia todo dentro de um estúdio fotografando mocinhas!

 

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Piada retirada da Maxim indiana

 

Maria era uma devota católica. Ela casou-se e teve 17 filhos com o primeiro marido. Então o marido morreu. Duas semanas depois ela casou-se de novo e teve mais 22 filhos com o segundo marido, que também morreu. Enfim Maria também morreu. No funeral, com os 39 filhos presentes, o padre comentou:

 

-- Até que enfim,  eles estão juntos!

 

Um dos filhos perguntou:

 

-- Juntos, quem? Minha mãe e o primeiro marido, ou ela com os dois maridos?

 

-- Não - explicou o padre - eu quis dizer os joelhos!

 

sinto-me:
publicado por motite às 17:56
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O espírito da coisa

 

 

Parece que algumas pessoas realmente não têm o chamado espírito da coisa!

 

Depois de muito tempo longe dos testes de motos decidi escrever um artigo sobre a Biz 125. Num blog. Uma opinião exclusivamente pessoal, baseada numa experiência de quem já testou milhares de motos. Sem a menor pretensão de ser um teste, muito menos de celebrar a Biz como o melhor veículo já concebido pela humanidade em todos os tempos.

 

Escolhi um título "A Melhor Moto do Mundo" como forma de ironia pra dizer algo tipo assim: "olha aqui, moto boa é aquela que te leva pro seu trabalho, traz de volta pra casa, sem gastar um puto dum tostão de gasolina".

 

Mas abri a comunidade do Motonline no Orkut e qual não é minha surpresa ao perceber um festival de antices. Tem vários tipos de antas:

 

A anta científica-psicopática - é aquele sujeito que escreve "pô, o Tite é louco, onde já se viu escrever que a Biz é a melhor moto do mundo!". Claro, pra esse tipo de anta não existe meio termo: ou é a crueza da ciência ou não é nada. Cientificamente a Biz NÃO é a melhor moto do mundo, por isso a anta fica indignada.

 

A anta psicótica-persecutória - Esse é mais grave, porque aproveita um texto que nasceu para ser um depoimento pessoal, mais ainda, um desabafo pela alegria de descobrir o prazer em motos pequenas para escrever "o tite só elogiou a Biz porque tem raiva da Yamaha" e ainda completa com um leque de vantagens da Neo em relação à Biz.

 

A anta neo-complexada - é o maluco que lê uma coisa, interpreta a partir do seu mundinho rasteiro de parco conhecimento e perspectiva social e regorgita as impressões distorcidas como "pow, ele escreveu que freio a tambor é melhor que disco e vai comprar uma Biz com roda raiada só por causa do preço da peça". Um engenheiro de motocicletas pode confirmar que rodas raiadas são mais confortáveis para motos pequenas porque ela sofre pequenas deformações quando sob impactos, enquanto a roda de liga leve é mais "dura" e passa mais as pancadas do solo ao piloto.

 

A anta sabichona-especializada - é aquele que lê um texto com opinião pessoal e usa como argumento para julgar toda a carreira do autor. Do tipo "pow, se o Tite acha a Biz boa, então ele acha as outras motos é uma merda", dãããã!

 

A anta neurótica-bipolar - É aquele tipo de leitor que acredita na teoria da bipolaridade, ou seja, se um jornalista elogia a Honda é porque recebe uma grana da marca... Eu queria saber em qual conta as fábricas depositaram toda essa grana, porque na minha não foi!

 

A anta mãe-Dinah - aquela que faz previsões do tipo "pow, agora que o Tite jogou merda no ventilador, se a revista Maxim não der certo ele nunca mais poderá voltar ás revistas de moto". Primeiro: a revista Maxim JÁ deu certo. Segundo, pelo andar do universo de motos EU não quero voltar a trabalhar nesse mundo!

 

E finalmente, a maior de todas...

 

A anta concreta - é o cara que não pegou o espírito da coisa, que acredita nas instituições, que tem fé na objetividade e não é capaz de usar alguma parte qualquer do minguado cérebro para CRIAR. Essa é a anta que se limita a ler e absorver, sem perceber as jogadas, as ironias etc etc.

sinto-me:
publicado por motite às 01:16
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fanfarra

 

 

Hai-Kai do dedo

 

Não tem segredo

quem coça o c*

Mais tarde ou mais cedo

sempre cheira o dedo

 

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publicado por motite às 01:04
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