(Maria Skortsova, da Maxim russa, o nome é estranho, mas ela ...)
Já que este bologui foi criado pra se escrever o que pensa, aqui vai mais uma pérola de uma mente desocupada e compulsiva.
Uma das poucas coisas boas que obtive na revista Maxim foi a teia de relacionamento com os editores das Maxim's publicadas em 23 países. Não é à toa que a internet termina em NET, porque é uma rede mesmo!
Tive a chance de conhecer jornalistas de países de línguas esquisitonas, dessas que parecem minhoquinhas na página. Esse intercâmbio com gente do mundo todo é um prazer inexplicável. Dei muita risada com um ilustrador americano que a cada mensagem mandava uma estocada na política do G. Bush. Troquei mensagens de alto teor político com jornalistas do Paquistão, Índia, Malásia, Turquia etc. Ri muito com mensagens dos colegas portugueses, mexicanos, argentinos, franceses e ingleses. Fiquei brother da gerente de licenciamento dos EUA (que estava até aprendendo português...). Mas o mais legal de tudo foi descobrir, na Rússia, uma editora de foto que é absolutamente obcecada por motos!
Tem nome de virgem: Maria, mas sobrenome de doença, Skortsova (saúde!). Gente finíssima (claro, gosta de moto), bonita e... fala fluentemente espanhol. Diz se não é pra casar?
Tem horas que entro em crise ao descobrir que não criei fortuna, não tenho bens e não fiz o tal pé-de-meia para envelhecer com uma graninha no bolso. Estou sempre sem grana, vivo remediado, minha poupança é religiosamente saqueada em despesas totalmente inúteis como um tênis novo (mais um...), a enésima máquina fotográfica, o milionésimo CD de música que vou ouvir uma vez e esquecer dele etc.
Agora sei porque eu fui um dos únicos a ter um ataque de riso no cinema, ao assistir o filme “Meu nome não é Johnny”. Tem um diálogo que o amigo do Johnny comenta:
- Meu objetivo na vida é ganhar um milhão de dólares.
O Johnny responde:
- E o meu é gastar!
Com certeza já ganhei meu primeiro milhão de Reais. Só que gastei 1.000.001! Tô zerado.
Lembro também do filósofo grego Platão, que disse uns quatro séculos antes de Cristo:
- A única coisa que levamos dessa vida é o nome.
Por isso não gosto de brincar com nome das pessoas. Platão dizia que a vida passa, mas o nome fica.
Bom, em termos de nome estou é bem lascado, porque só na capital de São Paulo tem oito Geraldo Simões. Um deles é bem picareta por sinal, que me causa vários transtornos. Em Minas Gerais, terra dos Geraldos, tem mais uma centena de homônimos. Se Deus gritar lá no céu “Geraldo Simões, chegou sua hora!” vai aparecer uns 200!
Salva o Tite, que não vale no céu porque fui batizado como Geraldo. Ou seja, meu apelido não tem firma reconhecida no céu. Se eu chegar na porta do céu e falar “cheguei, meu nome não é Geraldo, é Tite” é capaz de ficar mais tempo na fila do purgatório até acharem minha ficha.
Se a gente não leva nem grana, nem as motos, nem dívidas (a parte boa) e, no meu caso, nem o nome, o que vou levar desta vida?
As amizades. Como a Maria, da distante Rússia, que é a única de todas as jornalistas da maxim que continua me escrevendo. E olha que eu nem sei escrever em espanhol!
Aposto que minha nuvem lá no céu ficará sempre cheia de amigos. Os inimigos que esperem no inferno! Sentados!