Segunda-feira, 11 de Janeiro de 2010

Tô na mídia, tô na mídia!

(Fiquei bonitinho no Jornal da Tarde? REprodução JT)

 

Então, motíticos que acompanham esse meu incansável trabalho, parece que 2010 será o ano da virada! Depois de escrever várias vezes que as empresas estavam perdendo a chance de aparecer na mídia por meio do apoio ao curso SpeedMaster de Pilotagem, a Honda enxergou essa oportunidade e o resultado está aí: uma entrevista no Jornal da Tarde de hoje (dia 11/1) sobre segurança de motociclista. E na foto aparece eu, com boné e camisa oficial Honda.


Agora espero sensibilizar outras empresas para participarem deste que é o curso de pilotagem de moto mais sério do Brasil. Não é oportunismo, nem hobby, é um trabalho sério para reduzir o preocupante número de acidentes com motociclistas e devolver a auto-estima (ou moto-estima) aos motociclistas e ao veículo.


Obrigado Mário Curcio e JT!!!

publicado por motite às 15:57
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Sábado, 11 de Julho de 2009

Tô na mídia, tô na mídia!!! (de novo!)

(olha como tou bonitão! Foto (e milagre): Gustavo Beá)

 

Karaka!!! Hoje fui na banca ansioso para ver a revista Moto Action nº 23 (julho) e mostrei até pro guarda-noturno! Rapaz, o André Ramos publicou uma matéria de SEIS (meia dúzia de) páginas sobre o curso SpeedMaster! Quando ele me procurou achei que era uma notinha, e que sairia uma foto e olhe lá! Mas quase tive um treco (óia o coração!) quando vi uma foto de página dupla e tanta coisa escrita!

Não vou reproduzir toda a matéria porque você tem de ir lá na banca comprar a revista, tá! Mas foi um artigo que mostra um lado diferente de uma escola de pilotagem. O André captou muito bem (aliás, havia anos que eu não via um jornalista gravando uma entrevista!) minha filosofia de trabalho e reproduziu com absoluta fidelidade.

 

(Esse sou eu... nem parece! Foto: Beá)

No dia dessa reportagem a pista grande do ECPA estava sendo usada pelo meu velho amigo Felipe Giaffone, testando um novo motor de Stock-Car (ih, não podia falar...). Por isso fizemos as fotos no kartódromo. Mas o Beá (não dá pra chamar ele de Gustavo Epifânio!) processou um milagre com a máquina fotográfica e nem parece!

Aliás, Beá é uma dessas boas surpresas do foto-jornalismo recente. Além do simpático visual skin-head (like me) é garatia de bom humor sempre!

Agradecimentos também ao Ricardo Fox que apareceu de CBR 1000 para fazer figuração, ao Lucas de GS 500 novinha e todos os amigos que sempre aparecem pra dar uma força.

E, karaka, André, Celestino, caras, vocês me deixaram emocionado, porque nunca fizeram uma matéria tão grande sobre o curso! 

 

(Uma cabeça brilhante! Nem minha mãe me reconheceu nesta foto! Foto e tratamento: Beá)

 

Quero agradecer também à Honda, que cedeu a  CBR 600RR que usamos (uau!) na pista; ao ECPA por ceder o kartódromo e à SBK que aproveitou para testar os novos macacões de couro em fase de desenvolvimento. Até que eu sirvo pra cobaia!

 

Ah, e para as empresas que perguntam "mas como vou justificar o investimento em patrocínio do curso?", perderam mais uma oportunidade!!!

Corre lá na banca e compra a revista Moto Action!

publicado por motite às 01:39
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Sábado, 22 de Novembro de 2008

A Moto na Imprensa

 

(Olha nóis pelos olhos deles)

 

Quando fui estudar jornalismo (debaixo de porrada), já havia a eterna discussão sobre a validade do diploma. Os “diplomistas” alegavam que a faculdade dava uma base científica para evitar que os futuros escribas cometessem erros graves de senso-comum. Por causa desta briga toda fui obrigado a estudar textos de sociologia, antropologia, metodologia científica, pesquisa, análise de dados, estatística e um inferno de matérias. Tudo isso para não sair por aí escrevendo batatadas sem base científica.

E aprendi que conclusões sem base científica se tornam senso-comum e terminam no preconceito. O preconceito nada mais é do que formar uma idéia pré-concebida sobre um assunto sem a devida análise com base científica.

É como sair por aí afirmando que negros são potencialmente criminosos porque a população carcerária brasileira é formada por mais de 60% de negros e mulatos, enquanto no universo da população eles representam 18%, por isso mesmo são chamados pelos sociólogos de minoria.

Aí alguém aparece com a melhor das pérolas “em São Paulo é muito maior o número de acidentes com motos, proporcionalmente ao número de carros”. É outra afirmação do senso comum, pois enxerga apenas um número e não a base científica que está por trás dos números, uma vez que não são realizadas perícias para levantar as causas destes acidentes. Volto ao exemplo dos negros: se analisarmos apenas os números, a conclusão falaciosa é que negros são mais propensos ao crime e vamos reinventar o “homem lombrosiano”.

 

(Até na Itália, cáspita!)

 

 

Os meios de comunicação estão caindo de pau em cima das motos. O porta-voz desta ignorante campanha chama-se Heródoto Barbeiro, âncora do jornal da rádio CBN e ironicamente meu ex-professor de história da faculdade. Preconceituoso, dogmático e ignorante total no assunto, Heródoto faz questão de falar mal de motos diariamente, sem entrevistar os verdadeiros especialistas no assunto, mas apenas os burocratas que fazem do trânsito um trampolim para conquistas políticas.

 
O pior mesmo é o preconceito. Motos não são perigosas, mas a forma como são conduzidas é que traz perigo. Logo depois que Henry Ford popularizou o automóvel com o lançamento do Ford-T, inevitavelmente começaram os acidentes, alguns fatais. Um jornalista (sempre eles) meteu o microfone na fuça do empresário americano e disparou:

 


– Sr. Ford, o sr. não se sente responsável pelos acidentes que acontecem com os carros que levam o seu nome?

E Henry Ford respondeu com uma frase que deveria entrar para a história como uma das mais perfeitas e realistas da humanidade:

– Meu caro, acidentes não acontecem, eles são provocados!

E são provocados sabe por quem? Por pessoas, não por veículos. Por trás de todo acidente tem pessoas que cometem algum tipo de erro. Até mesmo nas chamadas falhas mecânicas ou problemas na pista tem uma pessoa por trás. Se o administrador da obra não tivesse embolsado uma grana, o asfalto teria 8 camadas e não 4. Se um engenheiro não mandasse soldar uma luva na barra de direção de um Williams, como se um carro de Fórmula 1 fosse uma caixa d’água, não teríamos lamentado o 1º de maio de 1994. Pessoas, meu amigo, pessoas é que são perigosas!
 
(Essa é do Peru!) 

 

+          +          +
O papel da imprensa
A moto virou a Geni do trânsito. Pra quem não conhece essa obra, Geni era a personagem da ópera do Malandro, na versão brasileira de Chico Buarque. Ela, na verdade ele, é um travesti sempre odiado e rechaçado pela população, mas quando a cidade se viu ameaçada por um invasor lá foi a Geni oferecer seus serviços em troca da salvação do povo. Enfim, uma mártir!
 
Ironicamente a moto é odiada pela imprensa e boa parte da população como uma praga que circula entre carros. Mas quando a mesma população quer a pizza quentinha, o remédio pra dor de cabeça, o talão de cheque, o exame de fezes, o atestado de qualquer coisa mas não está a fim de tirar o carro da garagem para enfrentar o trânsito a quem essa gente recorre? À Geni! Aos motoqueiros, motoboys, motofretistas, cachorros-loucos, expressinhos da morte e outros nomes pouco honrados.
 
(Que bela primeira página...)
 
Essa imprensa ladina e ardilosa precisa de um culpado para todas as “questões sociais” e a questão do trânsito já tem um culpado: a moto! Não sobra para os administradores que passam anos empurrando o mandato com a barriga, sobra para quem rala sob sol e chuva. Esta mesma imprensa não tem pudores em aceitar anúncios das fábricas e lojas de motos, afinal o dinheiro amansa. Também aceita publicidade de empresas de entregas que usam os serviços de motoboys.
 
Essa mesma imprensa adora veicular com todo destaque os acidentes com motociclista, principalmente quando há um corpo coberto por jornal, que ajuda a revelar um dos importantes papéis da mídia impressa: embrulhar as pessoas!
 
Gosto de visitar um site que mostra os principais jornais do mundo, o Todays Front Page, (http://www.newseum.org/todaysfrontpages/flash/) onde posso fazer o jornalismo comparado no Brasil e no mundo. Essa atração pela morte é mundial. Já vi várias primeiras páginas de jornais com um acidente de moto em destaque. Acidentes são ótimos argumentos de venda em jornais, porque desde o império Romano as pessoas gostam de ver sangue jorrando. Dos outros, claro!
 
+          +          +
Patrocínio, este desconhecido
O que aborrece – na falta de uma palavra menos educada – é perceber que há mais de 20 anos luto para obter um patrocínio para ajudar a manter meu curso de pilotagem. Este curso tem a finalidade de ajudar a reduzir os acidentes nas ruas e estradas, ou seja, tem uma função social das mais honradas. Mas cada vez que visito uma empresa para apresentar uma proposta de patrocínio tenho a impressão de estar oferecendo cocaína! Sinto-me como se fosse um marginal querendo roubar o dinheiro da empresa.
 
Não consigo entender esse mercado. Quando os empresários estão faturando alto não querem investir em patrocínio porque “já estamos vendendo mais do que conseguimos produzir”, mas assim que surge o fantasma de uma crise no horizonte o mesmo empresário justifica o corte de investimento porque “não estamos vendendo, então é melhor conter a verba de publicidade”. Algum PhD em marketing pode me explicar?
 
Decidi investir em um novo negócio: levar o conceito de segurança a motociclistas de todo Brasil. Ainda estou finalizando o pacote de serviços, mas lá vou eu de novo, pastinha embaixo do braço, bater na porta das empresas em busca do patrocínio. Só na primeira sondagem já ouvi vários nhe-nhe-nhéns do tipo “estamos parados, cortamos tudo por causa da crise” e outras conversas-moles-pra-boi-dormir. Em breve você saberá se terei sucesso ou não.
 
Muitos anos atrás encontrei o Alexandre Barros em um evento e ele reclamava a falta de patrocinadores brasileiros. Ele me contou que visitava cerca de 50 empresas por ano e não conseguia um centavo. Meio brincando ele comentou “às vezes tenho vontade de fazer uma lista com o nome de todas estas empresas pra você publicar e o público ficar sabendo qual realmente dá valor ao motociclismo brasileiro”. Na hora eu disse que eu publicaria sem medo nenhum. Pena que ficou só na ameaça.
 
Pois vocês me conhecem. E faço aqui a mesma promessa: se não conseguir obter ajuda para levar este projeto adiante prometo revelar aqui o nome de todas as empresas que recusaram apoiar uma ação que visa a segurança do motociclista. Depois você fica à vontade se quer continuar consumindo dessas empresas, ou não!
 
publicado por motite às 14:06
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Sábado, 14 de Junho de 2008

Por que não publico mais testes?

 

Nos meus últimos meses como editor do Motonline muitos leitores cobravam a publicação de mais testes. Muito simples: cansei!

 

CANSEI de correr atrás dos fabricantes implorando quase de joelhos para que me entregassem uma moto pra teste. À exceção da Honda e Suzuki - que faziam o inverso, ou seja, pediam para que eu testasse seus produtos - as outras marcas agiam como se estivessem fazendo um imenso favor ao ceder um de seus modelos. Cansei de fazer papel de pedinte pra marcas e empresas que deveriam bater à minha porta!

 

CANSEI de ser enxovalhado por um público de baixa capacidade intelectual. O leitor de revista especializada no Brasil é muito particular. Se um jornalista faz um teste positivo sobre determinada moto é sinal que a moto é boa. MAs se o jornalista critica um modelo (e você sabe que eu critico mesmo), o jornalista é uma anta!

 

CANSEI de ser a anta! Pior de tudo é receber as cartas desses leitores com erros grosseiros de português a ponto de a mensagem ser incompreensível! Então, depois de levar muita patada de pessoas que falam "nóis fumo e nóis vortemo" fiquei cansado...

 

CANSEI de ser fornecedor gratuito de conteúdo! Periodicamente eu faço uma busca no Google com algumas palavras-chaves e encontro dezenas (ou centenas) de sites de filhos das putas que chupam o conteúdo do outros e publicam. Caras de paus como Bizclubes, sei lá o que do Japi, blogueiros etc usam as teclas Ctrl C + Ctrl V com a maior cara de pau do mundo e ainda escrevem no rodapé "Todos os direitos reservados". É o máximo da filhodaputagem estelionatários etc! A Internet virou total no men's land. Cada um chupa o que bem entende e publica. Eu sempre me preocupo em usar apenas fotos do meu arquivo e criar textos novos, diferentes do convencional aí nego escroto vem, copia, cola no site dele e ainda escreve "direitos reservados". Direito são as putas que pariram eles!!!

 

CANSEI de trabalhar de graça. Essa é a parte mais cruel de tudo. Juro que eu esperava um pouco mais de remuneração. Até quando lancei o livro e o filme esperava que o público respondesse de forma mais animada. Na minha ingenuidade imaginei que se uma revista especializada no Brasil vende em média 12.000 exemplares/mês eu venderia fácil os primeiros 1.000 exemplares. Que nada! Levou quase UM ano pra vender 1.000, o que dá menos de 100 por mês! Mesmo assim rodei a segunda tiragem com 1.500 exemplares e espero ficar nisso. Idem com relação ao filme, com o agravante de o filme ser mais fácil de piratear. Já soube que tem até "amigos" pirateando o DVD. Nunca mais...

 

CANSEI de ver o mercado crescer cada ano (em número de motos), mas encolher a cada ano em investimentos. O mercado de motos no Brasil é grande, mas é pobre! O desgraçado vai na loja gastar 100 paus e quer pagar em 10 vezes!!!

 

Cansei da miserabilidade do mercado...

 

+   +   +

 

Alguem sugeriu que eu contasse as mentiras que as revistas publicam. Em vez disso prefiro contar as VERDADES. 

 

A primeirda delas: elas vendem muito menos do que anunciam no mercado! Hoje, uma revista especializada que vende 10.000 exemplares/mês pode se considerar uma vencedora. Ah, e elas tb não têm circulação nacional porríssima nenhuma. O Brasil tem 5.500 municípios (maomenos), mas as revistas são chegam a 2.000. Se não acredita entrem nas comunidades do Orkut das revistas e experimente perguntar quando e onde chegam as revistas...

 

Chega, porque também cansei desse papo... 

 

sinto-me:
publicado por motite às 17:24
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